Castelo Branco: Terceira Pessoa estreia nova criação no Cine-Teatro Avenida

A Terceira Pessoa vai estrear no Cine-Teatro Avenida, nos dias 10 e 11 de Setembro, a performance “Luz Negra”, criada por Ana Gil e Nuno Leão no contexto do projeto pluridisciplinar "Rastro, Margem, Clarão"

  • Cultura
  • Publicado: 2020-08-31 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Esta é a primeira criação artística, de um conjunto de 3 performances, do projeto pluridisciplinar em torno do universo da escrita de Rui Nunes, que envolve criadores em artes performativas, artes visuais e ensaio teórico.

A equipa artística do projeto “Rastro, Margem, Clarão” conta com uma equipa pluridisciplinar composta por: - Ana Gil e Nuno Leão; Maria Fonseca e Miguel Moreira; Filipa Matta e Óscar Silva (performance) - Rui Dias Monteiro e Vítor Ferreira; Susana Paiva e Diogo Martins; Valter Vinagre e Eunice Ribeiro (fotografia e ensaio)

Ao longo do projeto serão criadas 3 performances, 3 livros de fotografia e ensaio e 1 exposição coletiva de fotografia, que resultarão em várias apresentações um pouco por todo o país, começando em Castelo Branco, passando depois pela Guarda, Torres Vedras, Coimbra, Guimarães, Lisboa, entre outras localidades a confirmar

Luz Negra é uma performance de Ana Gil e Nuno Leão, criada no contexto do projeto pluridisciplinar “Rastro, Margem, Clarão”, que envolve criadores em artes performativas, artes visuais e ensaio teórico em torno do universo da escrita de Rui Nunes.

A obra deste autor está repleta de elementos que assumem a escrita enquanto ato performativo: as páginas enchem-se de vazios, brancos, destacados a negro, rasuras, frases truncadas. Assim, a escrita parece convocar menos uma leitura e mais uma visão, aproximando-se do que há de a-verbal nos modos de coexistência entre diferentes sujeitos (aquilo que Jacques Rancière designa como “partilhas do sensível”), o seu excedente semiótico ou comunicacional, como acontece com os nossos gestos, a respiração, os movimentos do nosso corpo. Portanto, é todo um registo que se consagra na performatividade, na violência e no fulgor do corpo in actu (o corpo que se realiza verdadeiramente enquanto dura a performance).

É a partir destes elementos que Ana Gil e Nuno Leão – diretores artísticos da Terceira Pessoa – criam e apresentam uma performance em que o corpo se procura construir enquanto lugar e em que o próprio espaço devém um corpo em construção.

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