O Movimento pela Autonomia da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) considera que o cenário aprovado no passado dia 08 de Julho pelo Conselho Geral do IPCB no âmbito da reestruturação organizacional da Escola, é desequilibrado e injusto, na medida em que implica a perda da sua sede em Idanha-a-Nova, bem como a sua autonomia administrativa, pedagógica e científica.
Em comunicado de imprensa, o Movimento refere que continua sem perceber de que forma é que este cenário contribui para o desenvolvimento do IPCB, ou o porquê de ficarem as quatro escolas com sede em Castelo Branco.
"É evidente que ninguém se atreve a dizer ou a assumir que a escola de Idanha vai fechar, apenas se fala que perde a sede. Ora se a escola perder a sua sede está condenada a acabar a médio prazo", lê-se no texto a que o Diário Digital teve acesso.
O Movimento diz perceber que este cenário prejudica Idanha-a-Nova e que não respeita os Idanhenses que há 29 anos acolheram a ESGIN.
Se a ESGIN tem o êxito que se lhe conhece ainda hoje, em grande parte deve-se à Idanha, à Autarquia de Idanha-a-Nova, aos Idanhenses e a alguns bons profissionais que por aqui têm passado.
Trata-se de um Movimento cívico, apartidário e independente, que foi constituído de forma espontânea, aquando das notícias publicadas em diversos órgãos da comunicação social sobre a temática da reestruturação organizacional do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). O seu objetivo é lutar pela manutenção da sede da ESGIN em Idanha-a-Nova, bem como a autonomia administrativa, pedagógica e científica.
Considera que a ESGIN é para o concelho de Idanha-a-Nova um dos principais indutores da economia local, pois contribui claramente para a criação de riqueza e emprego, com benefícios nos sectores da restauração, alojamento, comércio, entre outros. Reduzir a economia do concelho é um verdadeiro receio dos Idanhenses, que ao longo destes anos acolheram com alegria e de forma hospitaleira todos os alunos e professores.
O Movimento afirma que os idanhenses tiveram sempre em consideração que o cenário proposto pelo Presidente do IPCB, António Fernandes, ao Conselho Geral, efetivamente podia ser aprovado por dois terços dos seus membros, e assim, o Movimento apresentou em 18 de fevereiro de 2020 uma petição pública “ Pela autonomia e sede - A ESGIN sempre nossa! “à Assembleia da República, subscrita por 5.578 peticionários. No dia 18 de março de 2020, esta petição baixou à Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, tendo sido admitida pela mesma na sua reunião de 22 de maio de 2020.
Entretanto o Movimento pela Autonomia da ESGIN, solicitou, por escrito, aos diferentes Grupos Parlamentares que os seus elementos fossem recebidos, para in loco apresentar as justas razões que nos assistem, na defesa da manutenção da autonomia e sede da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova.
Dando seguimento à admissão na Assembleia da República da petição pública já mencionada, no dia 01-07-2020, o Movimento esteve presente na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, acompanhados pelo Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.
Conforme estipula a legislação, a petição que a Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto admitiu com o nº 40/XIV/1ª, terá que ser presente a plenário. Assim, o Movimento pela Autonomia da ESGIN vai lutar para que nesse momento e para os devidos efeitos, a Assembleia da República tenha em consideração a questão da descentralização e da regionalização.
E que tenha ainda em conta que Idanha-a-Nova está classificada conforme a deliberação nº 55/2015, de 1 de Julho, da Comissão Interministerial de Coordenação de Portugal 2020, como território de baixa densidade, para aplicação de medidas de descriminação positiva e que foi assumido pelo Governo serem até 2030 as prioridades: do interior ao combate da violência doméstica, estamos certos que o nosso apelo será justamente atendido.
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