Alunos da Universidade da Beira Interior (UBI) desenvolveram um respirador, que visa auxiliar doentes da covid-19 e cujas características já foram avaliadas positivamente por dois médicos, anunciou aquela instituição sediada na Covilhã.
Em comunicado, a UBI explica que o projeto foi desenvolvido por alunos dos cursos de Engenharia Aeronáutica, Engenharia Eletromecânica, Ciências Farmacêuticas e Ciências da Comunicação, sendo que também foi lançada uma campanha de recolha de fundos que contribua para a construção e posterior oferta do equipamento.
Com a denominação de "Salus", o aparelho está concluído e tem a "característica de ser compacto e de não necessitar de estruturas de apoio".
"É composto por materiais simples, robustos e de preços acessíveis, prevendo-se que tenha um custo de 320 euros. O 'Salus' pode funcionar com a bateria de telefones móveis até quatro horas e tem uma capacidade de operação superior a quatro mil horas ininterruptas. Findo esse período, é necessário apenas substituir o filtro", acrescenta a informação da UBI.
Citados na nota, os criadores do projeto salientam que a solução se enquadra no atual contexto de pandemia, com especial atenção para as zonas mais necessitadas.
"De fácil e intuitiva operação, o nosso respirador requer apenas que o operador tenha conhecimento do quadro clínico do paciente", explicam.
Este grupo de estudantes da UBI lançou uma campanha 'online' de recolha de fundos, que tem como a meta construir 500 destes respiradores.
De acordo com a informação, "os fundos são para construção e doação de respiradores para zonas interiores da União Europeia, África e América Latina", e destinam-se "única e exclusivamente à construção do Salus".
Participaram do projeto Lucas Barbosa (Engenharia Aeronáutica, Gestor/Desenvolvimento de projeto); Johann Tinoco (Ciências Farmacêuticas, responsável pelos requisitos de projeto); Felippe Silva (Engenharia Aeronáutica, Design); Kayque Suzana (Engenharia Eletromecânica, Eletrónica); e Fernanda Senra (Ciências da Comunicação).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 521 mil mortos e infetou mais de 10,88 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.587 pessoas das 42.782 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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