A Real Associação da Beira Interior (RABI) organizou na passada quinta feira, dia 27 de Fevereiro, uma palestra subordinada ao tema “Pedro da Fonseca S. J.”, com o apoio da União de Freguesias de Proença-a-Nova e Peral.
O orador convidado foi o professor, investigador e historiador António Manuel Silva que nos últimos anos se tem dedicado ao estudo da História Local e Regional do Pinhal Interior Sul (PIS).
No salão nobre do edifício da União de de Freguesias, na mesa também esteve o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Manso, o Presidente da União de Freguesias de Proença-a-Nova e Peral, Pedro Lopes e o Presidente da Juventude Monárquica da Real Associação da Beira Interior, Rui Mateus.
O orador começou por referir a personalidade multifacetada e de Pedro da Fonseca e a sua dispersão em múltiplos campos do saber, do pensamento e da acção. Nascido em Proença a Nova, em 1528, ingressou na Companhia de Jesus aos 20 anos e, na casa dos 30, já era cognominado de “Aristóteles Lusitano”. Distinguiu-se na renovação do pensamento filosófico português no século XVI e a sua influência estendeu-se ao longo do século XVII em muitas cátedras europeias. Para além de professor de filosofia e teologia (foi professor na U. Évora e Reitor do Colégio dos Nobres, em Coimbra) distinguiu-se como conselheiro do papa Gregório XII, do rei Filipe II, que nutria por ele um respeito enorme, ocupou cargos de responsabilidade na Companhia de Jesus e fundou, em Lisboa, várias instituições de apoio aos mais carenciados.
António Manuel Silva destacou também o aspecto benemérito e bairrista de Fonseca ao oferecer a Proença-a-Nova o terreno para instalar a capela da Misericórdia e a doação do Santo Lenho, um pedaço de madeira da Cruz em que Cristo foi cruxificado e que lhe tinha sido oferecido pelo Papa Gregório XIII quando do seu regresso a Portugal.
A relevância de Pedrodda Fonseca ainda hoje está patente nas centenas de referências bibliográficas que lhe são dedicadas, nas referências na toponímia de ruas, praças, edifícios e instituições, na organização de eventos culturais com o seu nome, na estatuária.
aleceu “suavemente” na Casa de S. Roque, em Lisboa, numa quinta-feira, aos 4 dias do mês de Novembro de 1599, às 5 horas da manhã, e refere o seu obituário que “expirado, ficou seu rosto bem assombrado, como que dormindo no Senhor”. Está sepultado na campa n.º 15 da Igreja de São Roque.
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