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PSD de Castelo Branco acusa Governo e PS de andarem "a dormir"

A distrital de Castelo Branco do PSD acusou hoje o Governo e o PS de andarem “a dormir” face à Central Nuclear de Almaraz, procurando "disfarçar a sua incompetência" com a apresentação de um projeto de resolução.

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  • Publicado: 2017-02-07 14:07
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A distrital de Castelo Branco do PSD acusou hoje o Governo e o PS de andarem “a dormir” face à Central Nuclear de Almaraz, procurando "disfarçar a sua incompetência" com a apresentação de um projeto de resolução.

"Com a apresentação desta proposta [projeto de resolução], concluímos que o Governo e o PS andaram a dormir na formatura durante os últimos anos, não defendendo os interesses de Portugal, […] disfarçando a sua incompetência com a apresentação de última hora de um projeto de resolução subscrita pelos ausentes deputados eleitos do PS pelo distrito do Castelo Branco", lê-se num comunicado enviado à agência Lusa.

Um grupo de deputados do PS, no qual se incluem Hortense Martins e Eurico Brilhante Dias, eleitos por Castelo Branco, entregou um projeto de resolução no parlamento para que o Governo participe no processo de decisão sobre a Central Nuclear de Almaraz, em Espanha, e analise o seu encerramento.

Os sociais-democratas manifestam a sua "incredulidade" perante o projeto de resolução dos socialistas, que acusam de nunca ter uma posição sobre este tema e de andarem agora "a reboque da posição do PSD e da opinião pública".

"Desde já, o PSD - distrital de Castelo Branco dá as boas-vindas aos deputados eleitos do PS por Castelo Branco por, finalmente, aparecerem e estarem ao lado das populações na abordagem a um problema que foi maximizado pela incapacidade demonstrada em perceber a magnitude do problema que o Governo tinha em mãos e que, manifestamente, têm ignorado […]”, lê-se no documento.

O PSD sublinha que o caso da central nuclear de Almaraz "é um combate político" que tem de ser realizado por todos os decisores políticos do distrito de Castelo Branco.

"[…] A defesa e valorização do interior tem de ser feita, no sentido de proteger os nossos habitantes e o nosso vasto património natural, que serão os primeiros sacrificados em caso de alguma alteração ao normal funcionamento da central nuclear de Almaraz", defendem.

O processo para a construção do Armazém Temporário Individualizado da Central Nuclear Almaraz teve início em 18 de novembro de 2015, quando foi solicitada a autorização para a construção do armazém de resíduos nucleares, com o objetivo de resolver as necessidades de armazenamento do combustível gasto nos reatores.

A funcionar desde o início da década de 1980, a central está situada junto ao Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.

A decisão de Espanha deu origem a protestos, tanto da parte das associações ambientalistas, portuguesas e espanholas, como dos partidos políticos na Assembleia da República.