O secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre, é ouvido hoje na Assembleia da República sobre as 687 faturas não contabilizadas do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), no valor de 6,78 milhões de euros.
O secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre, é ouvido hoje na Assembleia da República sobre as 687 faturas não contabilizadas do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), no valor de 6,78 milhões de euros.
A audição de Alexandre Mestre na reunião ordinária da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, presidida por José Ribeiro e Castro (CDS/PP), está programada para as 15:00 e o governante abordará ainda a política geral da Secretaria de Estado.
Alexandre Mestre acedeu ao convite da comissão parlamentar para explicar o caso das faturas do IDP por considerar que a questão deve ser abordada no Parlamento, onde, a 23 de agosto, o ministro Miguel Relvas denunciou que as faturas foram "encontradas numa sala" do IDP.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares comunicou ainda na Comissão de Educação, Ciência e Cultura que as faturas seriam enviadas para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas, para instauração de inquéritos para apurar responsabilidades criminais.
O IDP confirmou a existência das faturas em comunicado emitido a 05 de setembro, explicando que pertencem a 176 fornecedores de "serviços diversos", como limpeza, eletricidade e obras no Centro Desportivo Nacional do Jamor.
O organismo referiu que atravessa uma "muito preocupante situação económica" e adiantou que as 687 faturas não contabilizadas foram emitidas a partir de 2004, mas a maior parte são de 2008 a 2011.
Em comunicado, o IDP comunicou que foi aberto um inquérito interno - ainda a decorrer - e disponibilizou-se para comunicar "brevemente" o caso ao Tribunal de Contas, Inspecção-Geral de Finanças e Direcção-Geral do Orçamento, salientando que uma eventual denúncia ao Ministério Público dependeria da conclusão do inquérito interno.
No documento, o IDP observou que “todos os dias são recebidos" no organismo, "pessoalmente, por telefone e por e-mail, contactos de dezenas de fornecedores que reclamam o pagamento de faturas de bens fornecidos e serviços prestados”.
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