Castelo Branco: ETEPA valoriza e quer dar a conhecer o território da cidade

Um grupo de alunos da Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (ETEPA), organizou e realizou uma caminhada cultural até ao Monte de S. Martinho, de forma a conhecer melhor e promover a valorização destes pedaços de História que a cidade de Castelo Branco se esforça por preservar.

 

  • Cultura
  • Publicado: 2016-11-03 07:56
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

Um grupo de alunos da Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (ETEPA), organizou e realizou uma caminhada cultural até ao Monte de S. Martinho, de forma a conhecer melhor e promover a valorização destes pedaços de História que a cidade de Castelo Branco se esforça por preservar.

“Deslocar-se até ao Monte de S. Martinho é ir ao encontro de um dos vértices de cultos ancestrais, com raízes na sacralidade popular e religiosa que Castelo Branco agrega”. Lê-se no comunicado enviado ao Diário Digital Castelo Branco.

A descoberta da Capela de Santa Ana, da inconfundível Ermida de Senhora de Mércules e finalmente da incomparável Capela do Monte de S. Matinho, todos eles com vestígios que apontam para períodos de povoados romanos. Contudo as memórias ali recolhidas permitem apontar para tempos bem mais antigos, uma vez que no monte de S. Martinho, a 430 metros de altitude, foram encontrados testemunhos que apontam para o Neolítico ou mesmo o Calcolítico. Foi no Monte de S. Martinho que Francisco Tavares Proença Júnior pôs a descoberto três estelas insculturadas, que segundo alguns investigadores datam ao período do Bronze Final.

Outros vestígios cerâmicos de engobe brunido remetem para datações que remontam à idade do Bronze e à idade do Ferro.

Os jovens que agora frequentam a ETEPA ficaram deveras impressionados por se sentirem parte de um tempo que não despreza tão valiosos vestígios da passagem humana por este castro edificado no cimo de um monte, onde a acessibilidade do lado sul seria difícil, dado às escarpas do monte quartzíticos, onde foi demonstrada a referência à ocupação romana, entre os séculos I e IV. Tudo leva a crer que o local foi espaço de culto, uma vez que as aras romanas aí encontradas nos permitem esse testemunho.

A edificação da capela de S. Martinho conferiu a este lugar único a sua continuidade no tempo, enquanto local de culto. "Cientes do seu papel, os alunos e professores da ETEPA deixaram o lugar com a certeza de o ajudar a promover e preservar, por forma a serem eles também continuadores de uma linha de sucessão, histórica e culturalmente valiosa, para o território e a cidade". Refere o comunicado.

 

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