Covilhã: Centro de Referência ainda não avançou por falta de maturidade

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) afirmou esta 6ª-feira em Coimbra que o memorando para a criação de centro de competências na Covilhã ainda não foi assinado por necessidade de maturidade do projeto.

  • Educação
  • Publicado: 2015-08-07 16:34
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) afirmou esta 6ª-feira em Coimbra que o memorando para a criação de centro de competências na Covilhã ainda não foi assinado por necessidade de maturidade do projeto.

"Só estamos disponíveis a afetar valores quando os projetos estiverem num determinado estado de maturidade. No caso da UBI [Universidade da Beira Interior], tem de se trabalhar um pouco melhor o projeto, sobretudo na componente empresarial", explanou a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, reagindo à recusa do reitor da UBI em assinar o memorando por considerar que o mesmo é discriminatório relativamente ao das outras duas universidades - Trás-os-Montes e Alto Douro e Évora.

Segundo Ana Abrunhosa, o projeto do centro de competências da UBI, especializado em computação e saúde, "tem de ser repensado na componente empresarial", centro esse que, em junho de 2014, já estava previsto aquando da assinatura de uma parceria entre a PT e aquela universidade.

"O projeto tem uma grande ligação à PT e, portanto, como todos sabemos, a PT está numa fase delicada", não se podendo "ignorar essa realidade", sublinhou.

No entanto, a presidente da CCDRC não foi clara quando ao papel futuro da PT neste centro de competências dizendo, por um lado, que "a PT não sai de cena", mas, por outro, que é necessário ter-se "a certeza que ela está em cena".

"O nosso compromisso é de afetar pelo menos dois milhões de euros para os dois primeiros anos" de existência do centro, sendo agora preciso "trabalhar melhor o projeto, sobretudo na componente dos parceiros empresariais, que são fundamentais", concluiu a responsável, que falava em Coimbra, no final da cerimónia de assinatura dos memorandos que vão permitir a instalação de centros de investigação de excelência na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e na Universidade de Évora (UE).

O reitor da UBI, António Fidalgo, considerou hoje o memorando discriminatório, explicando que o acordo com a UBI não incluía a cláusula respeitante ao financiamento no valor anual de 1,5 milhões de euros - previsto nas outras duas instituições.

Apesar de ter alertado para a situação e ter pedido para que tal fosse corrigido, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) - entidade que deveria garantir o financiamento através de verbas dos fundos comunitários - não aceitou incluir essa especificação, que estava presente nos memorandos da UE e da UTAD, referiu António Fidalgo, durante uma sessão de esclarecimento para a comunidade académica, realizada na Covilhã à mesma hora em que, em Coimbra, eram assinados os memorandos com as outras duas universidades.

Os memorandos surgem no seguimento de um desafio que foi lançado a estas instituições pelo ministro Miguel Poiares Maduro e preveem a criação de um centro de excelência sobre a vinha e o vinho na UTAD de um centro dedicado à área do agroalimentar na UE.

A UBI deveria avançar com o centro de competência de computação na nuvem (cloud computing) e saúde, projeto que o reitor espera que ainda venha a ser desenvolvido, apesar da tomada de posição hoje assumida.

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