Na escola Quinta das Palmeiras, na Covilhã, "não há desmotivação, nem má vontade", o que será, provavelmente, a chave do sucesso desta que é uma das 11 escolas que esta 5ª-Feira recebem o "Prémio Escola" do Ministério da Educação.
Na escola Quinta das Palmeiras, na Covilhã, "não há desmotivação, nem má vontade", o que será, provavelmente, a chave do sucesso desta que é uma das 11 escolas que esta 5ª-Feira recebem o "Prémio Escola" do Ministério da Educação.
"O nosso sucesso passa, sobretudo, pelo capital humano. Os alunos, os professores, os funcionários são certamente o melhor ativo que temos e a que se junta a inovação, o muito trabalho desenvolvido diariamente e a motivação de todos. Aqui não há desmotivação, nem má vontade", garante Jorge Pombo, subdiretor da escola, que receberá este galardão pela segunda vez consecutiva.
Distinções que também "ajudam a motivar" e que são o reconhecimento de um "trabalho intenso", que é realizado há 28 anos, desde que a escola foi criada.
Surgiu como a terceira escola secundária da cidade, mas tal não a impediu de se afirmar no panorama educativo concelhio.
Começou por se especializar na resposta aos alunos com necessidades educativas especiais, caminho que abriu portas à diferenciação e multidisciplinaridade nas restantes vertentes.
Os resultados não se fizeram esperar: hoje a Quinta das Palmeiras não consegue acolher todos os que ali se querem matricular.
"Temos cerca de mil alunos, do 7.º ao 12.º ano, mas poderíamos ter muitos mais porque, efetivamente, todos os anos temos situações de pais que querem que os filhos venham para esta escola, mesmo depois de termos atingido o limite", aponta Jorge Pombo.
Uma procura a que não serão alheios os bons resultados obtidos pelos alunos.
Os dados dizem que a taxa de sucesso no terceiro ciclo é de 98,2% e no segundo secundário é de 86,5%. Além disso, no terceiro ciclo, 81,5% dos alunos transitaram sem negativas e a taxa de abandono é nula.
Nesta pauta também estão incluídos os bons resultados individuais. Nos exames nacionais do último ano, por exemplo, houve dois casos de 20 valores a matemática.
Para tudo isto contribui a aposta num plano extracurricular de elevado valor com inúmeros projetos desenvolvidos, muitos dos quais realizados em parceria com os pais, a comunidade e as instituições cívicas e sociais.
"Não estamos só a formar alunos em termos de conhecimentos, também estamos a formar pessoas para a vida", lembra Celina Vieira, presidente do Conselho Geral da Quinta das Palmeiras.
Simultaneamente docente na escola, Celina Vieira é testemunha do esforço que também é realizado em termos formativos, não só para os alunos, como para aqueles a quem cabe ensinar.
As áreas escolhidas são diversas, como por exemplo a linguagem gestual ou as novas tecnologias, que têm cada vez mais um papel preponderante numa escola em que a inovação é constante.
Por ali, há computadores em todas as salas, videoprojetores, quadros interativos e uma verdadeira "uma cultura tecnológica" que mudou a vida escolar: os trabalhos, as notas, os projetos, as propostas de estudo, os sumários são disponibilizados na plataforma “online” da escola, que tem um Centro Tecnológico em Educação.
É aí que está sediada a biblioteca, que funcionam as aulas dos cursos profissionais e que é produzido o "QTV Palmeiras" (canal de televisão interno da escola da exclusiva responsabilidade dos alunos e que tem emissões regulares), o jornal escolar em papel - "Palmeiras" -, ou o programa de rádio semanal, que depois também é transmitido numa rádio local.
A diferenciação surge também pelos clubes escolares ou por projetos como o "Folhas Soltas", que se baseia na disponibilização de livros através de “tablets” que estão na biblioteca.
Mais-valias a que se juntam muitas outras e que são realçadas no testemunho pelos próprios alunos, como é o caso de João Rosa e Catarina Vaz, ambos estudantes do 12.º ano.
"Esta é uma escola que nos permite abrir horizontes", garantiram.
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