O Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, apresenta, a partir de sábado, uma exposição de trabalhos da coleção da instituição feitos por mulheres.
O Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, apresenta, a partir de sábado, uma exposição de trabalhos da coleção da instituição feitos por mulheres.
As pinturas, esculturas e bordados da mostra “Museu no Feminino” pretendem ser mais que “uma mera exposição de mulheres artistas”, destaca Aida Rechena, diretora do museu.
O objetivo é retratar as condições socioculturais das artistas portuguesas, os “múltiplos papéis e identidades que assumem no quotidiano” e contextualizar as obras, colocando em evidência “as carências, os desejos, as dificuldades e os sucessos”, sublinha.
Segundo a instituição, em 2010 existiam 50 museus de mulheres no mundo ligados por “preocupações de base idênticas: a desigualdade social entre os sexos, a posição secundária da mulher na sociedade e a discriminação ideológica”.
Aida Rechena considera que introduzir a questão da visibilidade das mulheres nos museus permite “promover novas políticas de incorporação de peças” nas coleções, através da “valorização dos bens e saberes associados à cultura feminina”.
Em Castelo Branco, a exposição “Museu no Feminino” procura ainda explicar qual o percurso de vida das autoras das obras, “porque motivo algumas abandonaram a arte e outras decidiram e conseguiram continuar”.
Depois da inauguração da exposição, no sábado, às 15:00, haverá uma mesa redonda com a presença de algumas artistas representadas na exposição para debater o papel da mulher na arte portuguesa.
A mostra estará patente até 25 de setembro.
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