A presidente do Instituto da Conservação da Natureza (ICN), Paula Sarmento, disse este sábado que as alterações sociais dos últimos anos tiveram um impacto profundo na gestão florestal.
A presidente do Instituto da Conservação da Natureza (ICN), Paula Sarmento, disse este sábado que as alterações sociais dos últimos anos tiveram um impacto profundo na gestão florestal.
"As alterações sociais dos últimos anos tiveram um impacto profundo no tipo de gestão florestal", sustentou.
Paula Sarmento, esteve em representação da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, na conferência "Floresta e Território - Riscos, Economia e Políticas", que decorre no Centro de Ciência Viva da Floresta de Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.
"Obviamente que a produção de matéria-prima para as empresas e para a fileira silvo-industrial aumentou de importância, mas a única coisa genuinamente grave é que implicou também algum abandono da gestão florestal e, eventualmente, uma gestão menos próxima", admitiu a presidente do ICN.
Realçou também a importância social que a floresta tem no país, onde gera mais de 110 mil postos de trabalho e onde existem mais de 400 mil proprietários florestais.
Paula Sarmento disse que a importância estratégica do setor florestal na economia nacional, não depende apenas do rendimento das fileiras silvo-industriais: "tem também uma importância nas economias das regiões do interior e no desenvolvimento do mundo rural".
As principais espécies da floresta portuguesa, que representam 72% do coberto florestal são o pinheiro bravo, o eucalipto e sobreiro e, segundo a responsável do ICN, existem algumas fileiras emergentes.
A presidente do ICN adiantou ainda que o setor florestal, representa 10% das exportações nacionais.
"A incorporação de produtos e de matérias-primas nacionais nos produtos exportados representa 71% de cada unidade valor, o que tem um impacto muito positivo neste setor e implica também que a balança comercial tem um saldo positivo de mais de mil milhões de euros. Em 2014, este valor foi superior a dois mil milhões de euros", concluiu.
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet
