Jovens empresários do Norte de Portugal e da Galiza reuniram-se hoje em Braga para discutirem “problemas comuns ao empreendorismo” nas duas regiões e “possíveis caminhos de cooperação” entre os dois lados da fronteira.
Jovens empresários do Norte de Portugal e da Galiza reuniram-se hoje em Braga para discutirem “problemas comuns ao empreendorismo” nas duas regiões e “possíveis caminhos de cooperação” entre os dois lados da fronteira.
O encontro foi promovido pelo Instituto Português da Juventude (IPJ) e subordinado ao tema “Cooperação entre o Norte de Portugal e Galiza como potenciador económico”.
O objetivo era “apresentar” estas duas regiões fronteiriças como “zona de oportunidades de negócio e passíveis de cooperação empresarial”, explicou o presidente do IPJ, Vítor Dias.
O professor da Universidade do Minho, Jorge Ribeiro, começou por fazer um “esboço” da capacidade competitiva de Portugal e Espanha.
“Tendo por base o conceito de competitividade como capacidade de um país para promover uma melhoria sustentada das condições de vida da população, Portugal e Espanha têm uma realidade similar: pouca capacidade competitiva”, disse.
O docente identificou como “problemas postos ao empreendorismo nos dois países, a dificuldade em articularem o esforço de competitividade com a penetração nos mercados internacionais” e a “tragédia que foi a gestão macroeconómica de ambos”.
O presidente da Associação Industrial do Minho, António Marques, apontou como “saída” uma “verdadeira atitude de empreendorismo por parte dos jovens” do Norte de Portugal e da Galiza.
“O verdadeiro empreendedor é aquele que tem iniciativa, ousadia, que aposta na formação e que tem a noção que tem que trabalhar em rede. Só com este espírito será possível fazer alguma coisa”, afirmou.
Segundo António Marques “a cooperação entre o Norte de Portugal e a Galiza só poderá trazer vantagens, mas para isso é preciso olhar para a frente e pensar. Há áreas em que é possível coordenar iniciativas”.
“A Galiza tem muita indústria automóvel, que tipo de produto precisa? E porque não produzir esse produto no Norte de Portugal?”, questionou.
Em representação da Confederação de Empresários da Galiza, Marta Lopez, traçou o “perfil” do empreendedor galego: “é masculino, com uma média de idade de 37 anos, formação universitária e já tem algum nível de rendimento”.
Sobre o empreendedor galego, Lopez adiantou ainda que a “principal” razão apontada para empreender é a “visão de um nicho de mercado por explorar”. “Ambos os lados da fronteira teriam a ganhar se estabelecessem uma relação de cooperação mais estreita. Juntos, somam uma população de seis milhões de pessoas”, disse.
A empresária espanhola apontou ainda como vantagem as similaridades entre as duas zonas: “ambas têm a população mais fixa nas zonas marítimas, envelhecida e com taxas de desemprego muito elevadas”.
Assim, disse, “um dos caminhos possíveis de cooperação poderá ser uma uniformização de objetivos e acordos entre os dois lados da fronteira”.
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