Tomaram posse no passado dia 12, os novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, para o quadriénio 2015-2018. Uma cerimónia que contou com a presença do Bispo da Diocese D. Antonino Dias, que lançou um apelo para que haja mais formação dos irmãos das Misericórdias da Diocese de forma a evitar "tanto problemas que surgem por altura das eleições".
Tomaram posse no passado dia 12, os novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, para o quadriénio 2015-2018.
Uma cerimónia que contou com a presença do Bispo da Diocese D. Antonino Dias, que lançou um apelo para que haja mais formação dos irmãos das Misericórdias da Diocese de forma a evitar "tanto problemas que surgem por altura das eleições".
A Diocese de Portalegre e Castelo Branco, tem 39 Misericórdias, e D. Antonino Dias diz que têm existido "problemas sérios" por altura das eleições.
"Inclusive muitos irmãos, não conhecem os estatutos, ignoram muito o que significa ser irmão" afirmou o Bispo da Diocese, "não existe o sentido de pertença, dá-se o nome, paga-se a cota e isso dá direito ao voto, sem consciência do que isso significa".
D. Antonino Dias lembra que a Misericórdia não é uma associação qualquer, "é uma irmandade" e tem objetivos concretos, "têm as obras de Misericórdia".
Para o Bispo da Diocese, "às vezes dá a impressão, que as Misericórdias são uma espécie de trampolim para o poder" quando deve ser um serviço que se presta, "com alegria e amor".
José Rodrigues Alves, tomou posse, como novo provedor, embora só inicie funções a 1 de janeiro.
O compromisso assumido pelos novos órgãos sociais tem como principal preocupação "a vigilância quotidiana das carências sociais. Daí, procurarmos assegurar aos cidadãos desfavorecidos a proteção na doença, na invalidez, na velhice e na infância."
José Rodrigues Alves, lembra que as Misericórdias são instituições autónomas, que se mobilizam com um voluntariado baseado na fraternidade.
O novo provedor, defende que aas escolas secundárias e do ensino superior deveriam ter têm no seu currículo uma disciplina de serviço à comunidade, como acontece noutros países, isto é, "os alunos têm de efetuar trabalho comunitário. Parece-me que também deveríamos adotar esse procedimento nas nossas escolas e assim lançaríamos a semente para o aumento do voluntariado nos nossos jovens".
Com a crise económica e com o desemprego que lança as famílias na pobreza, "as Misericórdias têm procurado estar atentas e preparadas para encontrar respostas rápidas" às solicitações das comunidades locais. "Para tanto, será necessária uma cooperação e coordenação mais intensas entre o poder local, as instituições particulares de solidariedade social, a responsabilidade social das empresas, o voluntariado, a Igreja, embora seja nestes que os grupos mais vulneráveis, como sejam, as crianças e os idosos, têm encontrado o seu porto seguro" afirmou José Rodrigues Alves.
Luís Correia, autarca Albicastrense, afirma que a Câmara continuará a assumir-se como parceiro da Misericórdia, disponível para apoiar projetos e iniciativas relevantes e, por essa via, participar na vida da instituição e da Comunidade.
"E a Comunidade espera, cada vez mais, uma resposta eficaz – mas humanizada – nas políticas de Apoio Social, quaisquer que sejam, mas particularmente quando se trata de idosos, um grupo populacional especialmente vulnerável e que, finalmente, começa a agitar consciências" afirma Luís Correia.
Para o autarca o Estado Social, complementado pela ação das Instituições Privadas de Solidariedade Social, das Misericórdias, dos movimentos sociais são imprescindíveis à construção de um País "mais justo e solidário".
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