Trabalho: sindicalistas e académicos lançam manifesto em defesa de uma nova agenda sindical

Sessenta académicos e sindicalistas das tendências minoritárias da CGTP lançam um manifesto em que defendem a necessidade de uma nova agenda sindical para enfrentar a atual conjuntura, que passa pelo reforço da autonomia e independencia dos sindicatos.

  • Economia
  • Publicado: 2011-05-29 06:42
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

Sessenta académicos e sindicalistas das tendências minoritárias da CGTP lançam um manifesto em que defendem a necessidade de uma nova agenda sindical para enfrentar a atual conjuntura, que passa pelo reforço da autonomia e independencia dos sindicatos.

O texto do manifesto, subordinado ao lema "Contra a escalada neoliberal, Por uma nova agenda sindical" e a que Lusa teve acesso, faz uma descrição da atual conjuntura sócio-económica a nível europeu, destacando os efeitos da crise financeira global que emergiu em 2007-2008, em particular para os países do sul da Europa.

Alerta para as consequências das medidas de auteridade que estão a ser impostas em Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda, "que põem em causa o Estado social e os direitos laborais duramente alcançados".

"Em vez de promoverem o crescimento e o desenvolvimento económico, aprofundam a crise económica através de uma política fortemente recessiva", refere o manifesto referindo-se às medidas de austeridade.

O manifesto lembra a greve geral de novembro, a manifestação de 19 de março da CGTP, e a de 12 de março da "geração à rasca", como expoentes dos protestos contra as políticas de austeridade.

Refere que "os sindicatos estão numa situação critíca sem precedentes, em Portugal e na Europa", sendo pressionados para aceitar "mais e mais flexibilidade e insegurança".

"Ao fechamento dos sindicatos é preciso responder com a abertura e diálogo com outras organizações e associações da sociedade civil", é defendido no documento.

O manifesto defende ainda que a relação dos sindicatos com os partidos políticos tem de ser repensada, de modo a reforçar a autonomia e independência dos sindicatos mas permitindo a ação conjunta quando "a natureza transversal do combate político e social o exigir".

O sociólogo Elísio Estanque, o economista José Reis, o especialista em direito do trabalho Júlio Gomes, o sociólogo Carlos Silva e a economista Manuela Silva estão entre os académicos que subscreveram o documento, a que a agência Lusa teve acesso.

O manifesto conta ainda com os nomes dos dirigentes da CGTP Ulisses Garrido, Fernando Gomes, Carlos Trindade e João Lourenço. Elementos dos movimentos contra os recibos verdes, como Adriano Campos do FERVE e Tiago Gillot dos Precários Inflexíveis também subscreveram o manifesto.

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