A diversificação da oferta musical não erudita para atrair novos públicos e uma forte presença de espetáculos de dança marcam a programação do Centro Cultural de Belém (CCB) para 2011/12, hoje apresentada pela administração e programadores.
A diversificação da oferta musical não erudita para atrair novos públicos e uma forte presença de espetáculos de dança marcam a programação do Centro Cultural de Belém (CCB) para 2011/12, hoje apresentada pela administração e programadores.
Na conferência de imprensa, o presidente da Fundação CCB, António Mega Ferreira, sublinhou que a nova programação é o resultado de "anos de trabalho consolidado" e contém "algumas inovações" que resultam da observação do perfil do público que frequenta o centro cultural lisboeta.
Mega Ferreira comentou que a nova programação revela uma preocupação em "abrir-se a novas expressões musicais, de outras tradições que não apenas a ocidental", apesar de continuar o peso da música erudita e do jazz.
O CCB também pretende inovar dentro dos serviços que presta ao público, criando sete tipos de assinaturas para os espetáculos das várias áreas artísticas, um conjunto de visitas guiadas por artistas e outros criadores dentro das instalações, e uma "via verde" para facilitar o estacionamento no parque interior.
Questionado sobre a forma como a crise atingiu esta nova programação, Mega Ferreira comentou: "Foi a melhor que conseguimos fazer com os meios de que dispomos", um orçamento que ronda os 2,4 milhões de euros, sensivelmente o mesmo gasto na atual programação.
"No ano passado, com os cortes que tivemos das verbas do Ministério da Cultura optámos por atrasar compromissos com artistas estrangeiros e manter os portugueses. Este ano é possível prosseguir esses compromissos”, que têm a ver, essencialmente, com o convite feito à coreógrafa belga Anne Teresa de Keersmaeker, uma das criadoras mais conceituadas da atualidade.
A coreógrafa será a artista associada à temporada 2011/12 do CCB, a primeira estrangeira, na sequência de outros artistas que tiveram o mesmo estatuto, como Pedro Carneiro, Maria João Pires, Artur Pizarro e Rui Horta.
De acordo com o presidente do CCB, a criadora apresentará cinco espetáculos no centro, um deles como nova criação, ainda sem nome, e será também alvo de um projeto maior, como artista internacional em residência em Lisboa, em parceria com outras entidades da capital.
Mega Ferreira sublinhou que a programação mantém as formações em residência - Divino Sospiro, Orquestra de Câmara Portuguesa e Schostakovitch Ensemble - e a formação Sete Lágrimas, "um dos mais inovadores e consistentes projetos instrumentais e vocais portugueses nas áreas da música antiga e contemporânea", terá o estatuto de "consort associado" da nova temporada.
O grupo apresentará três concertos temáticos e a participação de solistas convidados, entre os quais Mayra Andrade e Maria Cristina Kiehr.
Ainda na música, que representa entre 65 e 70 por cento da programação do CCB, a Orquestra de Câmara Portuguesa apresentará um ciclo de concertos dedicado a Mozart.
Outro dos destaques vai para os concertos de piano, com um leque de conceituados solistas nacionais e estrangeiros: Louis Lortie, Sequeira Costa, Alexandre Tharaud, Stephen Kovacevich, Fazil Say e Anna Vinnitskaya, uma estreia em Portugal.
A nova temporada abre a 10 de setembro deste ano, com o concerto inaugural a cargo da Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida por Cesário Costa e com o solista em clarinete Kari Kriikku, interpretando obras de Jean Sibelius, Magnus Lindberg, Scott Joplin e George Gershwin.
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