O futuro das energias renováveis e os recursos com mais potencial de crescimento estiveram em debate, na sexta-feira passada, numa conferência realizada no Museu do Oriente, em Lisboa, em que participou o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa.
O futuro das energias renováveis e os recursos com mais potencial de crescimento estiveram em debate, na sexta-feira passada, numa conferência realizada no Museu do Oriente, em Lisboa, em que participou o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. João Paulo Catarino realçou o contributo que as energias renováveis, nomeadamente a eólica, têm dado ao interior do país e lançou o desafio de uma aposta sustentada na biomassa florestal.
A conferência, designada “Energia que dá vida ao futuro”, assinalou os 25 anos da Generg e dirigindo-se aos responsáveis da empresa o autarca convidou a estudar esse recurso endógeno, que além do aproveitamento para produção de energia e de calor pode servir de “incentivo ao ordenamento e limpeza das florestas portuguesas”. Para o poder político ficou o recado: “Espero que um dia haja um governo que aposte na biomassa como houve um governo que apostou na energia eólica”.
A nível regional, os parques eólicos constituem importantes fontes de receita para as câmaras – com rendas que nalguns casos representam um valor mais elevado que o IMI – e para os produtores florestais, que recebem rendimentos anuais em terrenos de baixa produtividade, devido ao facto de se situarem em cotas elevadas. Por outro lado, os parques têm-se revelado importantes enquanto linhas de corta-fogo, causando descontinuidade nos povoamentos florestais.
O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, anunciou estar em preparação legislação para incentivar a mobilidade elétrica e para permitir a produção de energia fotovoltaica para autoconsumo. Também o antigo secretário de Estado Carlos Pimenta, administrador da Generg, centrou a intervenção nas oportunidades existentes na energia fotovoltaica e salientou a vantagem de Portugal poder vir a assegurar o carregamento de baterias de carros elétricos por métodos renováveis, com uma pegada ecológica zero.
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