“Devíamos ter taxas de juros compatíveis com as nossas taxas de crescimento, pelo que juros de dois ou três por cento era o adequado”, disse Mira Amaral, que no entanto reconheceu que esse cenário não é “realista”.
Assim, para o antigo ministro da Indústria de Cavaco Silva, Portugal deverá conseguir taxas ligeiramente abaixo das praticadas na Grécia e na Irlanda.
“Se conseguirmos ter taxas juro quatro ou cinco por cento já não é mau face as que temos no mercado, até porque são inferiores as da Grécia e da Irlanda”, acrescentou, à margem de um jantar da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, em Lisboa.
Questionado sobre de quanto deverá ser o valor do empréstimo a Portugal, Mira Amaral disse não ter noção da “dimensão do buraco” mas recordou que se fala num pacote entre 75 e 90 mil milhões de euros.
Mira Amaral lembrou ainda que já tinha defendido há muito tempo a necessidade de Portugal recorrer ao Fundo Europeu de estabilização Financeira, que conta com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Não é vergonha pedir ajuda, há instituições criadas para isso. Vergonha é chegar a este ponto”, afirmou.
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou quarta-feira que o Governo português fez um pedido de assistência financeira à Comissão Europeia.
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