Os ajustes diretos feitos pela Câmara de Castelo Branco foram debatidos na Assembleia Municipal, depois de o PSD ter citado um relatório que recomenda a fuga a este método para execução de empreitadas.
Os ajustes diretos feitos pela Câmara de Castelo Branco foram debatidos na Assembleia Municipal, depois de o PSD ter citado um relatório que recomenda a fuga a este método para execução de empreitadas.
"Desde a tomada de posse do executivo, já se contam 22 ajustes diretos na execução das empreitadas. Porquê a escolha deste método quando um relatório da União Europeia recomenda que se fuja o máximo possível dos ajustes diretos por causa da corrupção?", questionou Ana Rita Calmeiro (PSD).
O presidente da Câmara de Castelo Branco não gostou da intervenção da deputada social-democrata, nem daquilo que considerou ser uma "insinuação".
"Não lhe tolerarei qualquer insinuação sobre corrupção", disse Luís Correia, sublinhando que "os ajustes diretos não são ilegais, são um método perfeitamente legal".
O autarca explicou ainda que a escolha do executivo tem recaído nos ajustes diretos "porque tem cabimento legal e é um método mais rápido do que o concurso público".
Luís Correia referiu também que, nestes casos, o município "faz sempre pedidos de propostas a mais do que uma empresa" e, além disso, "beneficia as empresas locais".
Outro assunto que esteve em discussão foi a recente reorganização dos transportes urbanos de Castelo Branco (TUCAB).
A deputada social-democrata disse ter "algumas dúvidas" sobre se a reorganização vai trazer melhorias para os utentes.
"O preço dos passes mensais aumentou e o número de linhas diminuiu, situação que prejudica a população em geral e os estudantes em particular", disse Ana Rita Calmeiro.
A única novidade é o aparecimento de um bilhete diário, com o qual o utente tem um número ilimitado de viagens durante o dia.
Luís Correia explicou que o município foi ouvido sobre as alterações no TUCAB e que estas "foram decididas com base num estudo onde os utentes foram auscultados".
O autarca sublinhou ainda que ouvida a parte técnica da Câmara, "as alterações só pecam por tardias".
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