Música: Utensílios de cozinha dominam em peça que estreia este sábado em Castelo Branco

Tachos, panelas, varinhas mágicas e outros utensílios de cozinha vão ser usados como instrumentos musicais pelo maestro Luís Cipriano na apresentação, no sábado, em Castelo Branco, da sua nova obra, “Kitchen Choral”.

  • Cultura
  • Publicado: 2011-04-01 07:14
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa
 Tachos, panelas, varinhas mágicas e outros utensílios de cozinha vão ser usados como instrumentos musicais pelo maestro Luís Cipriano na apresentação, no sábado, em Castelo Branco, da sua nova obra, “Kitchen Choral”.

Depois de “Missa Corpus”, uma Missa em forma Brevis, que para além do Coro utiliza o corpo como instrumento, o maestro da Associação Cultura da Beira Interior (ACBI) decidiu apostar em utensílios de culinária.

“Trata-se de uma peça para coro e utensílios de cozinha e, no fundo, um regresso ao passado”, explica Luís Cipriano, acrescentando: “o primeiro instrumento que temos na vida são os tachos e as panelas que estão na cozinha”.

Este novo trabalho para o Coro Misto da Beira Interior, que faz parte da ACBI, foi “uma tentativa conseguida”, como realça, de misturar, de uma forma mais elaborada todos os utensílios juntamente com o Coro.

Os únicos instrumentos tradionaisd usados para executar o trabalho musical são a marimba e o vibrafone.

A “Kitchen Choral” é constituída por oito andamentos: Introitus (introdução) Pot March (Marcha dos Tachos), Spoon Área (Área da Colher), Frying Pan Valse (Valsa das Frigideiras) Tin Cup Ária (Área da Caneca) Big Pot Fugue (Fuga das Panelas) Wooden Spoon Área (Área da Colher de Pau cuja letra é a receita de um bolo) e My funny Kitchen (A minha divertida cozinha).

“São várias partes para esta obra. Vamos ter áreas dedicadas às colheres de pau, onde o coro canta e toda a parte instrumental é com colheres de pau, outras com tachos, panelas, com frigideiras… entram também algumas varinhas mágicas, trituradoras… é uma peça bem disposta, havendo ainda um andamento, o sexto, que é uma receita culinária, que o coro canta”, destaca o maestro.

Em toda a obra se evidenciam as qualidades tímbricas destes utensílios que são utilizados por seis percussionistas e por todos os elementos do Coro Misto da Beira Interior, transformando a obra numa cozinha enorme onde todos são importantes intervenientes.

O espetáculo está inserido no Festival de Música da Beira Interior, promovido pela empresa Scutvias e pelos governos Civis de Castelo Branco, Guarda e Santarém.

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