“A PJ não tem dinheiro, aliás, eles param à hora de almoço, nem fazem horas extraordinárias, o que eu acho espetacular. No entanto, perdem tempo a investigar denúncias anónimas”, criticou.
Gabriela Tsukamoto, que está a cumprir o terceiro mandato naquela autarquia alentejana, explicou que as investigações têm incidido sobre a sua atuação no município e “principalmente” sobre o trabalho desenvolvido pelos trabalhadores da câmara.
“Dizem que os funcionários da câmara vão para o Algarve e levam os carros do município, ou que eu dou subsídios à empresa do meu marido, ou que favoreço a principal empresa de construção civil de Nisa. Isto é a toda a hora”, lamentou.
A autarca comunista, que considera a situação um “regabofe”, afirma-se “tranquila” perante as investigações.
“Eu estou tranquila. Eles não põem em causa a presidente da câmara, mas sim este executivo, porque as investigações vão desde junho de 2009 a dezembro de 2010”, disse.
Gabriela Tsukamoto acrescentou que, desde que é presidente daquela autarquia, “é a quarta vez” que a PJ investiga a atividade camarária e, depois, “nunca dá em nada”.
A presidente do município explicou que não está em curso nenhum mandado de busca e que os agentes da PJ têm solicitado na câmara vários documentos e processos de inquérito.
“Só em 2007 é que tivemos um mandado de busca”, recordou.
Gabriela Tsukamoto lamentou ainda que as autoridades não façam cruzamento de dados sobre as investigações que têm ocorrido naquela autarquia nos últimos anos.
“Já tive uma inspeção da Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL) e foi arquivada. Eles (autoridades) nem sabem uns dos outros”, disse.
“Eles (PJ) agora vinham investigar a atividade desde 2003, só que eu disse que tinha tido uma inspeção no mandato anterior, em 2009. Assim, só pediram documentos de 2009 para a frente. Eles nem cruzam informação”, sublinhou.
Gabriela Tsukamoto considerou que esta situação só serve para “lançar suspeitas” sobre a presidente de câmara aos vereadores.
No atual mandato, o executivo do município de Nisa é composto por dois eleitos da CDU, outros tantos do PS e um do PSD.
Já na Assembleia Municipal de Nisa, a oposição (PS e PSD) constituem a maioria.
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