Covilhã: Tunísia e Egito são exemplo em apelo para lutar contra Governo

A agitação social na Tunísia e no Egito serviu de exemplo para a União de Sindicatos de Castelo Branco da CGTP apelar para a luta contra as portagens e medidas de austeridade.

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  • Publicado: 2011-01-30 11:29
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa
A agitação social na Tunísia e no Egito serviu de exemplo para a União de Sindicatos de Castelo Branco da CGTP apelar para a luta contra as portagens e medidas de austeridade.

“Na Tunísia e no Egito, vemos que é pela luta” que se conquistam mudanças, frisou Luís Garra, coordenador da USCB, no final de uma marcha de protesto que, apesar do frio, reuniu cerca de 200 pessoas na Covilhã.

“Os ditadores abatem-se e as portagens também se podem abater”, frisou, mas “só através de ação concreta, não com lamentos: a revolta tem que ser exteriorizada, de forma organizada”.

A introdução de portagens nas autoestradas do interior do país é apenas um dos motivos que, segundo Luís Garra, vai levar a mais protestos nos próximos meses.

No discurso final da manifestação, além das críticas ao Governo, o coordenador da USCB considerou que o Presidente da República reeleito, Cavaco Silva, “não merece respeito” por apoiar medidas “que prejudicam os trabalhadores”.

No cortejo sindical seguia um caixão onde se lia “aqui jaz a política de direita”, decorado com fotocópias dos rostos de Cavaco Silva, do primeiro-ministro José Sócrates, do líder do PSD, Passos Coelho, e do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

“Cortar na indemnização é política de ladrão” foi uma das frases mais vezes entoadas durante a marcha de cerca de 800 metros na zona baixa da Covilhã.

Para Maria Mingote, que seguia no protesto, há pouco ou nada para elogiar na situação do país: “Está tudo mal e eu queixo-me por mim e pelos outros”. Ao lado, Fernanda Bicho lamentava a sorte dos jovens. “Esta rapaziada nova tem que ir para fora para sobreviver”, lamentou.

Já Celestino Lopes, outro participante na marcha, queixou-se da reforma: o valor é sempre o mesmo, mas com o custo de vida a subir “o dinheiro é cada vez menos”.

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