Castelo Branco:Deputado do Bloco de Esquerda abandonou Assembleia de Freguesia

Foi quebrado o espírito natalício quando se iniciou a reunião da Assembleia de Freguesia de Castelo Branco, que começou por decorrer sob o desígnio da época festiva, até porque no final, teria lugar o jantar de Natal dos deputados, para além do público presente, estar enriquecido com a presença dos alunos da Escola Faria de Vasconcelos.

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  • Publicado: 2010-12-12 21:59
  • Por: José Manuel R. Alves

Foi quebrado o espírito natalício quando se iniciou a reunião da Assembleia de Freguesia de Castelo Branco, que começou por decorrer sob o desígnio da época festiva, até porque no final, teria lugar o jantar de Natal dos deputados, para além do público presente, estar enriquecido com a presença dos alunos da Escola Faria de Vasconcelos.

Entre moções e propostas apresentadas pelas diferentes bancadas partidárias, o Bloco de Esquerda (BE) viu inclusive aprovadas por unanimidade, duas moções, uma em que outros pontos se congratula pelo executivo levar a cabo a iniciativa do orçamento participativo, e outra demonstrando apoio ao executivo da freguesia, pela iniciativa que tomou no âmbito da semana europeia da democracia local de ir junto das escolas para esclarecer os jovens sobre a democracia participativa. “Sinto-me bastante satisfeito pelo facto das moções apresentadas pelo deputado do BE, terem elogiado a Junta de Freguesia por ter atingido esses objectivos, pelo que reitero os meus parabéns ao seu deputado Luís Barroso pela atitude tomada relativamente a estas duas moções”, disse André Carvalho, deputado pelo PS.

Logo a seguir o período da ordem do dia em que o primeiro ponto dizia respeito à aprovação de actas, os ânimos aqueceram, quando Luís Barroso (BE) referiu que a acta de 21 de Outubro referente a uma assembleia extraordinária tinha sido manipulada, pedindo de imediato a demissão do responsável, tendo o presidente da Assembleia de Freguesia, José Pires, questionado os respectivos membros, se sentiam em condições de discutir e votar a referida acta, ninguém disse estar em condições. Luís Barroso protestou considerando que uma acta ilegal não poderia ser votada, facto que deixou os ânimos exaltados, entre o presidente da Assembleia e o deputado do BE. “Se abrirmos aqui uma comissão de inquérito para apurar quem fez, deturpou e manipulou esta acta, estou de acordo. Agora qualquer outra sugestão não estou de acordo”, disse Luís Barroso.

Reagindo de imediato, José Pires, afirmou. “Desculpe mas o senhor acabou neste momento por ser contraditório em relação à sua própria afirmação, pelo que considero esta questão resolvida, dado que a Assembleia não tem condições para analisar, discutir e votar a acta”.

Logo a seguir Luís Barroso, acabou por abandonar a reunião. “Dado que não estou de acordo com os procedimentos, nem da forma que foi aqui adoptada, vou retirar-me desta Assembleia, e o Bloco de Esquerda recorrerá para as instâncias judiciais, denunciando esta situação”.

Em contra-protesto pela decisão do deputado, André Carvalho, lamentou a atitude. “Lamento que um membro desta Assembleia de Freguesia, Luís Barroso, ofenda moralmente e psicologicamente os membros desta reunião”.

Já no exterior do edifício da Junta de Freguesia, o membro do BE, explicou no seu entender aquilo que foi manipulado na acta em causa. “A acta não reporta aquilo que se passou naquela assembleia. Denunciei uma legalidade da Junta de Freguesia, que foi não ratificar a delegação de competências, delegadas pela Câmara, em que de uma forma grosseira, rasuraram a acta, pretendendo cobrir esse acto ilegal, pelo que considero ser grave e complicado”.

Resta agora aguardar como irá ficar esta questão. Entretanto, já sem a presença do deputado do BE, o Plano de Actividades e Orçamento para 2011, foi aprovado por maioria, com o voto contra do PSD e a abstenção da CDU.

João Carlos Nunes (PSD) explica o voto contra da sua bancada. “Se este orçamento serve para contenção de despesas, então há que rentabilizar os respectivos valores descritos, pelo que este orçamento deveria ser equilibrado”.

Por sua vez, Manuela Carvalho, justifica a abstenção da CDU. “Deveria haver uma verba maior para caminhos e arruamentos”.

José Lagiosa (PS), justificou o voto favorável dos socialistas. “Diminuir as actividades, não poderá ser neste período difícil, considerado negativo. Ajustar o orçamento aos tempos difíceis, é sobretudo uma atitude positiva, e a demonstração do sentido de responsabilidade”.

Refira-se que o orçamento da freguesia de Castelo Branco para o próximo ano tem o valor de 405 mil euros. “Trata-se de um orçamento restritivo entre aquilo que deixámos de receber e o valor que temos de pagar a mais, pelo temos de viver com aquilo que temos”, explicou Jorge Neves, presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco.

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