“Subimos todos pelo mesmo sítio e não vi ninguém a subir por Seia. Não fui eu que pus fogo lá em baixo, não é culpa minha”, disse o camisola amarela.
David Blanco reforçou a ideia de que ainda nada está ganho, porque “o touro, é touro até ao rabo” e mostrou-se triste com a ideia passada pela comunicação social de que “vencer a Volta a Portugal é fácil”.
“Não. A volta está ganha quando chegarmos a Lisboa. São passos que se vão dando, mas não vou dizer que não são importantes. Eu sei o que tive de treinar, sofrer, melhorar. Passei muita fome, treinei muito e melhorei muito. Perdi seis quilos desde 2006. O mais fácil teria sido conformar-me e manter-me nos 76. Fico um bocado triste porque fazem parecer que ganhar a Volta é fácil e não é nada fácil”, explicou.
O espanhol não escondeu ser mais fácil subir a Serra da Estrela pelo lado de Manteigas, mas disse não gostar de etapas curtas, porque o seu “motor” é como um Jensen Perkins (motor diesel de camião) e não sabe o que pode esperar dos seus rivais.
“Cada um faz o que pode. Para mim é difícil ganhar até o circuito da 5 de Outubro. A subida é mais fácil por Manteigas e não gosto de etapas assim tão curtas, porque eu sou como os Jensen Perkins, lentos mas fiáveis... nunca falham”, frisou.
David Blanco venceu a sétima etapa e ganhou, respetivamente, cinco e 11 segundos aos mais diretos adversários, Hernâni Broco e David Bernabéu.
Na torre, vestiu a camisola branca dos pontos, a verde da montanha e a amarela de líder da geral individual.
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet