O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje que as previsões económicas do Governo terão de ser revistas caso se mantenha em 2013 o nível de procura externa registado no final de 2012.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje que as previsões económicas do Governo terão de ser revistas caso se mantenha em 2013 o nível de procura externa registado no final de 2012.
"O resultado, apesar de não ser muito divergente, transporta-nos para um nível de procura externa que, a manter-se durante o ano de 2013 não nos permitiria manter as previsões que fizemos", afirmou.
No debate quinzenal no Parlamento, Pedro Passos Coelho considerou que "não é significativa" a diferença entre a previsão do Governo, que apontava para um recuo de três por cento do PIB em 2012, e os números avançados pelo INE, que o situam nos 3,2 por cento.
O primeiro-ministro admitiu ainda que o Executivo chegou a ter a expetativa de que a diminuição do PIB pudesse ter sido "abaixo dos três por cento, caso se tivesse mantido a procura externa".
"Não houve uma variação significativa do lado da procura interna, não houve efeitos de medidas de austeridade que tivessem provocado uma situação recessiva maior, pelo contrário, mas existe esta variável externa que não depende de nós e que nós devemos estar atentos nem sobrevalorizar nem desvalorizar", afirmou.
Passos Coelho disse que essa avaliação será feita no âmbito do próximo exame regular da `troika´, prevista para o final do mês, e acrescentou que o Governo tem "uma política de prudência" porque "não pode adivinhar o que se vai passar" em termos externos.
"Se não podemos, desse ponto de vista, adivinhar o que se vai passar, e estamos dispostos a rever as previsões na medida em que os dados reais nos aconselham a fazê-lo, iremos proceder a esse exercício agora no âmbito da sétima avaliação no final do mês", disse.
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