Os alunos da Escola Profissional de Artes da Covilhã fecharam esta quarta-feira as instalações a cadeado e estão a fazer greve às aulas em protesto por não receberem subsídio de alojamento há dois meses.
Os alunos da Escola Profissional de Artes da Covilhã fecharam esta quarta-feira as instalações a cadeado e estão a fazer greve às aulas em protesto por não receberem subsídio de alojamento há dois meses.
Os portões acabariam por ser abertos a meio da manhã pela GNR, mas os estudantes, com idades entre os 12 e os 23 anos, permanecem em protesto à porta da escola.
No local, o aluno Samuel Duque disse à agência Lusa que o subsídio de 125 euros mensais é devido aos alunos deslocados, que são cerca de 70 dos 120 que frequentam a escola de ensino de música gerida pelo grupo GPS.
Como consequência "já houve senhorios a despejar colegas" e há casos de quem tenha passado "o fim de semana só a comer bolachas", porque "os pais não têm dinheiro para tudo".
Samuel frequenta a escola há seis anos, é o aluno com mais matrículas no estabelecimento, e refere que o problema é crónico: "há sempre dois ou três meses em atraso e quando chega ao terceiro mês pagam um, para nos calar".
Segundo referiu o aluno, quando confrontada pelos alunos, a direção da escola justificou o atraso com o facto de não receber as verbas relativas aos subsídios e que deviam ser entregues pelo Estado, através do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH).
Contactada nas instalações pela agência Lusa, a direção da escola não quis prestar esclarecimentos.
A agência Lusa pediu também informações à gestão do POPH, mas ainda não recebeu nenhuma resposta.
Os alunos queixam-se também de problemas nas instalações da escola.
Segundo Samuel Duque, há brechas na estrutura da escola que provocam inundações, saídas de emergência fechadas a cadeado e o ar condicionado não funciona, deixando os alunos ao frio.
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