Castelo Branco é cidade há 245 anos

Foi a 15 de Agosto de 1771 que o Rei D. José eleva Castelo Branco a cidade.

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  • Publicado: 2016-08-15 08:14
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

Foi a 15 de Agosto de 1771 que o Rei D. José eleva Castelo Branco a cidade.

Castelo Branco terá tido a sua origem no local de um castro pré-romano. No início do séc XII existia uma povoação, de nome Moncarche, no cimo da Colina da Cardosa, em cuja encosta se desenrolou o povoamento da vila. Pensa-se que Moncarche era uma pequena comunidade cristã que se estabeleceu após a queda do Império Romano do Ocidente e resistiu ao domínio árabe.

Da história antes de 1212 pouco se sabe. Existe, porém, um documento dessa data, de doação aos Templários de metade de uma herdade chamada Vila Franca da Cardosa, emitido por Fernandes Sanches, um nobre (tavez o próprio filho de D. Sancho I). Em 1213 a Povoação recebeu foral de Pedro Alvito, mestre Templário, no qual aparece a denominação Castel-Branco. Em 1214 os Templários receberam de D. Afonso II a totalidade da herdade (mesmo a metade que Fernando Sanches já havia doado aos Templários, onde se situava Moncarche), que reivindicou para si e (re)doou aos Templários para fazer de Vila Franca da Cardosa uma doação real e poder reclamar o direito à colheita (certo foro ou pensão que os vassalos pagavam ao rei ou senhor) sobre Castelo Branco; recorde-se que Moncarche não havia sido doado por D. Afonso II. (hipótese em "Castelo Branco, das origens à actualidade", de António Lopes Pires Nunes). O Papa Inocêncio III viria, em 1215, confirmar esta posse, dando-lhe o nome de Castelobranco.

Não se sabe qual é a origem do nome da cidade nem tão pouco porque é que os templários, ou o próprio Fernando Sanches, o alteraram (de Moncarche para Castelo Branco). Uma das hipóteses assenta numa antiga povoação, com um nome grego, chamada Cattaleucos e talvez pensassem que Moncarche era a antiga Cattaleucos (Cattaleucos era no Alentejo). A tradição albicastrense considera ser Castraleuca o primitivo nome da cidade, que poderá ser uma forma popular e corrompida de Cattaleucos(hipótese em "Castelo Branco, das origens à actualidade", de António Lopes Pires Nunes).

Por volta desta altura ter-se-iam mandado edificar, pelos Templários, as muralhas e o castelo, entre 1214 e 1230. No interior desta delimitação encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da freguesia. Aqui se reuniam a Assembleia dos Homens-Bons e as autoridades monástico-militares, até ao século XIV.

Em 1510 é concedido Novo Foral a Castelo Branco, por D. Manuel I, adquirindo mais tarde o título de notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se assim em 1642 a Vila de Castelo Branco, cabeça de comarca notável e das melhores da Beira Baixa. O actual Museu serviu de Liceu Central de 1911 até 1946, abrindo como museu em 1971.

A 15 de Agosto de 1771 é elevada a cidade por D. José e o Papa Clemente XIV cria a diocese de Castelo Branco que viria a ser extinta em 1881. O Paço Episcopal (anexo ao actual Museu Francisco Tavares Proença Júnior) é um dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, foi o paço de residência dos Bispos em Castelo Branco.

A 16 de Agosto de 1858 inaugura-se a linha telegráfica Abrantes - Castelo Branco e em 14 de Dezembro de 1860 a cidade inaugura a sua iluminação pública, passo importante para o desenvolvimento da cidade, tendo mesmo sido feita Oficial da Ordem Militar de Cristo a 22 de Setembro de 1931.[7]

A 6 de Novembro de 1954 a cidade é assolada por um tornado infligindo danos consideráveis nas infraestruturas.

Castelo Branco é a capital do Distrito de Castelo Branco, situada na Beira Baixa.

É sede do terceiro maior município português, com 1 438,19 km² de área[2] e 56 109 habitantes (albicastrenses) (2011),[3][4] subdividido em 19 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelo município do Fundão, a leste por Idanha-a-Nova, a sul pela Espanha, a sudoeste porVila Velha de Ródão e a oeste por Proença-a-Nova e por Oleiros.

Ao contrário de outras cidades da região, que cresceram notavelmente devido à indústria têxtil, Castelo Branco sempre teve uma importância geoestratégica e política em Portugal. Não está por esse motivo sujeita às flutuações económicas que deslocalizaram empresas têxteis - mormente de laboração manual desqualificada - como sucedeu na região norte e na Cova da Beira. A composição sociológica predominante é por esse motivo também muito diferente de outras cidades de cultura do operariado.

Foi considerada em 2006, num estudo elaborado pela DECO, a segunda capital de distrito do país com melhor qualidade de vida

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