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Proença-a-Nova: Medronhal com certificação apresentado na Expoflorestal

Uma exploração florestal de 20 hectares, no concelho de Penacova, vai ser apresentada em Albergaria-a-Velha, no sábado, como o “primeiro medronhal de produção certificado do mundo”, disse hoje à agência Lusa o promotor da iniciativa.

  • Economia
  • Publicado: 2017-05-04 10:47
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

Uma exploração florestal de 20 hectares, no concelho de Penacova, vai ser apresentada em Albergaria-a-Velha, no sábado, como o “primeiro medronhal de produção certificado do mundo”, disse hoje à agência Lusa o promotor da iniciativa.

Proprietário de várias parcelas, onde começa, no próximo outono, a produzir medronhos destinados ao mercado de frutos frescos, em São Pedro de Alva, naquele município do distrito de Coimbra, o biólogo Carlos Fonseca disse que o lançamento público do projeto vai realizar-se às 16:00, no âmbito da 10.ª Expoflorestal.

Em 2013, este professor da Universidade de Aveiro criou a Medronhalva, empresa que tem como atividade principal a “cultura do medronheiro, tendo em vista a sua valorização económica, social, ecológica e cultural”.

“Atualmente, a empresa gere 20 hectares de medronhal, sendo que cerca de 10 hectares são plantações ordenadas e outros tantos hectares são medronhais espontâneos, devidamente conduzidos, tendo em vista a produção de fruto de qualidade e de outros produtos”, adiantou.

A gestão destes medronhais “é pautada por elevados patamares de exigência e rigor sob o ponto de vista da sua sustentabilidade ambiental, económica e social”, segundo o também presidente da Cooperativa Portuguesa de Medronho, com sede em Proença-a-Nova, fundada há três anos.

Essas propriedades silvícolas, nas encostas sobranceiras ao rio Alva, afluente do Mondego, passam a constituir “o primeiro medronhal do mundo para produção de fruto a obter um certificado florestal”, garantiu Carlos Fonseca.

Para obter a certificação das suas plantações, a Medronhalva associou-se ao grupo Unifloresta, que intervém no domínio da certificação da gestão florestal.

O projeto visa igualmente “promover a floresta e potenciar o seu uso múltiplo", assumindo um compromisso "com uma gestão florestal responsável”, disse Carlos Fonseca.

Gerido pela empresa Unimadeiras, o grupo Unifloresta regista atualmente 13 mil hectares de floresta certificada, incluindo as propriedades da Medronhalva.

De acordo com as normas de certificação internacionais, a Unifloresta monitoriza os espaços florestais “de forma a garantir que a sua gestão é ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável”, segundo uma nota conjunta da Medronhalva e da Unimadeiras.

Espécie arbustiva da floresta mediterrânica, o medronheiro “contribui grandemente para a biodiversidade” e a prevenção dos incêndios, enquanto o seu cultivo permite “dinamizar o mercado de trabalho local” e produzir um fruto com “alto valor para o uso múltiplo da floresta”.

A apresentação do projeto de medronhal certificado, com intervenções de Carlos Fonseca e Jorge Loureiro, presidente da Unifloresta, realiza-se no sábado, às 16:00, no pavilhão da Unimadeiras, durante a Expoflorestal, feira que decorre de sexta-feira a domingo, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro.

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