Presidenciais: Marques Mendes expressa dúvidas sobre localização e dimensão de megaparques solares

O candidato presidencial Luís Marques Mendes defendeu este domingo, 28 de Novembro, no Fundão, que Portugal tem de investir na descarbonização, mas expressou dúvidas sobre a localização e dimensão dos megaparques solares Beira e Sophia.

“Tenho de facto muitas dúvidas, como cidadão, que não se pudessem escolher outros locais e ter manchas que tivessem, digamos assim, mais conta, peso e medida, daquilo que me parece um certo exagero”, defendeu Marques Mendes.

O candidato reagiu assim às questões que lhe foram colocadas por um grupo de cidadãos, que integram a Plataforma de Defesa do Parque Natural do Tejo Internacional e o Movimento Cívico Gardunha Sul que aguardavam a sua chegada, à porta do restaurante onde ele almoçou com militantes.

Envergando cartazes com palavras de ordem como “Vandalismo verde” ou “A Beira Baixa não está à venda”, o grupo não foi ignorado por Marques Mendes, que se dirigiu a eles e ouviu algumas das suas preocupações quanto à instalação nestes territórios dos megaparques solares Beira e Sophia.

Ao candidato deram conta que “a Beira Baixa está viva” e questionaram se ele for eleito presidente “que influencia usará no que diz respeito a este tema”.  

“Como se sabe, o presidente não governa, mas tem influência. E como acho que há aqui algumas questões que são de bom senso, não deixarei de exercer a minha influência de bom senso”, afirmou.

O grupo deu conta ao candidato que registou a sua promessa e, caso seja eleito, a vai cobrar.

“Já tendo visto algumas imagens do projeto global, devo dizer que a mim me faz um bocadinho de impressão. Porque, como eu sou muito sensível às questões do ambiente, considero que neste caso também há poluição, que também é visual. Estas manchas enormes de painéis, sobretudo em zonas agrícolas, faz-me um bocadinho de impressão”, afirmou Marques Mendes.

Admitindo não ser “técnico da matéria, nem especialista”, o candidato defendeu que “Portugal tem de investir na transição energética e ninguém está contra isso, investir na energia solar por causa da descarbonização”.