Autárquicas25: Esquerda Livre promete devolver Mercado Municipal de Castelo Branco à comunidade

A coligação Esquerda Livre (Partido Livre e Bloco de Esquerda) encabeçada por Mário Camiões, promete uma grande obra de requalificação do Mercado Municipal de Castelo Branco, "um equipamento público chave, que já foi uma referência nacional, e que diz encontra-se degradado e subvalorizado, apesar de estar localizado numa zona nobre da cidade".

  • Economia
  • Publicado: 2025-10-10 02:43
  • Por: José Ambrósio

Em comunicado enviado à comunicação social, a coligação refere que “perante a atual situação, que praticamente desiste do comércio tradicional em favor dos grandes centros comerciais periféricos, a Esquerda Livre propõe uma intervenção ambiciosa para devolver este espaço à comunidade, potenciando a economia local e os serviços públicos. “Manifestamos a vontade de reposicionar o mercado como o pioneiro que já foi, e com valências ainda mais inovadoras. "É inadmissível que um espaço público desta envergadura tenha condições muitíssimo piores do que os dois centros comerciais privados nas periferias da cidade. Esta situação reflete um abandono do comércio e produção local que queremos reverter. 

O nosso objetivo é transformar o Mercado Municipal num verdadeiro centro comunitário, cívico e comercial de Castelo Branco. Um local verdadeiramente agradável para socializar dentro de portas - um refúgio fresco nos verões quentes de 40 graus, e acolhedor nos invernos frios e húmidos, assim como um lugar para promoção de saúde comunitária e comércio justo, local e ecológico." Lê-se no comunicado.

As medidas estruturantes propostas pela Esquerda Livre para o Mercado Municipal incluem: 

1—Melhoria das condições básicas: Intervenção para melhorar o isolamento e conforto térmico do edifício e uma redecoração interior que torne o espaço mais acolhedor e atrativo para clientes e comerciantes. 2—Melhoria de acesso: Intervenção na zona traseira do mercado, avaliando a possibilidade de construção de um silo de estacionamento vertical, criando mais lugares de estacionamento; tornar gratuito o estacionamento nas primeiras 2 horas, criando espaço para guardar bicicletas em segurança, e reforçando horários para autocarros com paragem no Mercado Municipal. 3—Novas valências para um Mercado Multisserviços: 

a) Cantina Popular: A criação de um restaurante cooperativo de interesse municipal, onde cozinheiros locais poderão co-criar ementas baseadas em produtos locais, biológicos e sazonais, a preços acessíveis para toda a população. 

b) Praça da Sustentabilidade e Bem-Estar Comunitário: A recriação da praça como um espaço virado para o futuro: 

? i) Energia Sustentável: Utilização das melhores práticas energéticas, como cobertura de painéis solares, bombas de calor, isolamento térmico com blocos de fibra de cânhamo,e cortiça; 

? ii) Reutilização Sustentável: Reaproveitamento de águas pluviais, e programa de compostagem orgânica envolvendo a cantina, comerciantes, produtores e moradores; 

? iii) Mercado Agroecológico Cooperativo: Plano municipal de apoio à agroecologia a ser pilotado neste espaço, com apoio na transição ecológica dos comerciantes, criação de selo agroecológico municipal para produtos alimentares comercializados no Mercado, e apoio na cooperativização dos serviços a fim de criar escala e sinergias nas diferentes fases da cadeia produtiva associadas; 

? iv) Gabinetes para Serviços de Saúde Comunitária como consultas de saúde oral, psicologia, nutrição, rastreios e um espaço comunitário para literacia em saúde e associações de utentes. Esta valência incluirá ainda a municipalização do atual ginásio de franchising, transformando-o num equipamento público para a saúde física. 

4—Dinamização Comercial: Promoção da extensão de horários de funcionamento, tornando o mercado um polo de atividade ao longo de todo o dia e de parte da noite. Criação de programa de incentivos ao consumo de produtos agroecológicos locais vendidos no Mercado Municipal, que inclui a implementação de uma moeda complementar para dinamizar o consumo local, e reforço da divulgação do espaço para visitantes e turistas. 

5—Organização de uma assembleia de cidadãos sobre o supermercado Pingo Doce ao lado do Mercado Municipal, cuja abertura é apontada por vários comerciantes como sendo responsável pela desertificação da Praça. 

“Queremos envolver os agentes económicos do Mercado Municipal e residentes próximos do mesmo num debate de cidadãos sobre como fazer face à concorrência desta grande cadeia comercial. 

Em vez de deixarmos o nosso centro definhar, propomos valorizá-lo. Em vez de ignorarmos os produtores locais, propomos dar-lhes um palco. E em vez de termos serviços de saúde dispersos e caros, propomos trazê-los para o coração da comunidade", explica a Esquerda Livre

"Este projeto não é apenas sobre comprar e vender; é sobre criar um espaço de vida comunitária, que valorize o que é nosso e sirva as pessoas com qualidade", refere o texto.  

Segundo o comunicado, a Esquerda Livre acredita que esta transformação é um investimento estratégico no futuro da cidade, fortalecendo a economia circular, promovendo hábitos de vida saudáveis e garantindo que o centro de Castelo Branco se mantém vivo, dinâmico e ao serviço de todos.

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