A Coligação “Sempre por Todos lamenta e denuncia a publicação de vídeos nas páginas pessoais das redes sociais, do atual Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues onde se confundem os limites entre o que é institucional e o que é pessoal.
No vídeo mais recente sobre a requalificação da rua de Santiago, em Castelo Branco, vemos meios da Câmara Municipal, nomeadamente fornecedores e funcionários, a terem um papel ativo, sendo que um desses funcionários presta declarações.
José Augusto Alves reitera, em conferência de imprensa, que “esta é uma obra como outras da autarquia, que são pagas com dinheiro de todos nós, não com verbas do presidente, nem da sua candidatura. Como tal, não podem ser usados recursos afetos à obra para produzir conteúdos para páginas pessoais.
O candidato da coligação SEMPRE, PSD e CDS/PP afirma que “o mais preocupante é que não foi sem querer ou feito de forma ingénua, o senhor Presidente já no passado dia 26 de Maio publicou um vídeo, nos mesmos moldes, onde volta a colocar um funcionário da autarquia a explicar ao pormenor as pequenas requalificações feitas em parte da Escola de São Vicente da Beira, ignorando a parte que não está requalificada e se encontra a cair de podre. Aliás, percebe-se que este vídeo surge no âmbito de uma reação política e o Sr. Presidente envolve um dirigente municipal para que o mesmo surja na sua página pessoal. É a total falta de conceito do que é institucional e o que é pessoal”, denúncia José Augusto Alves.
E diz que a lógica do vídeo repete-se: primeiro um funcionário da câmara legitimado na sua função a anunciar o que foi feito ao pormenor, seguido depois do Presidente Leopoldo Rodrigues a vangloriar-se da obra. Isto tudo na sua página pessoal.
Num outro, a 20 de maio é publicado um vídeo, em que na piscina municipal fala um fornecedor da autarquia. Mais do mesmo.
O candidato diz saber que Leopoldo Rodrigues não tem muita obra relevante a apresentar e como tal, anseia que a obra de gestão corrente que desenvolve possa ter o maior impacto possível… poderá fazê-lo… não pode é recorrer a recursos municipais para concretizar na sua página pessoal.
Para José Augusto Alves é inaceitável que os recursos humanos e técnicos da autarquia, sejam usados para alimentar um canal de comunicação pessoal com objetivos eleitorais. Esta prática representa uma utilização abusiva dos meios públicos e desrespeita o dever de isenção e separação institucional que deve existir.
"Aliás, parece-nos que o envolvimento dos funcionários nos vídeos propagandeados, dentro ou fora do horário laboral, mas no exercício das suas funções públicas agrava ainda mais a situação. Das duas uma:
ou a intervenção dos funcionários resulta de uma “ordem” do Sr. Presidente da Câmara e, neste caso, o Presidente Leopoldo Rodrigues não poderia destinar essa intervenção a um propósito exclusivamente pessoal, ou seja, como candidato;
ou a intervenção dos funcionários foi por livre e espontânea vontade, o que no âmbito das suas funções não poderia ocorrer, por dever de imparcialidade que todos os funcionários devem ter no exercício das suas funções.
Exige-se respeito aos funcionários e dirigentes municipais que não devem nem podem ser ser expostos desta forma para fins de propaganda pessoal e partidária.
Imaginam o ridículo, se todos os outros candidatos que se apresentem a eleições também pudessem fazer vídeos usando recursos humanos e fornecedores do município? Os funcionários a passar vários dias a participar em vídeos. Seria estranho um cenário destes, não acham?
Tudo isto é lamentável e exemplo claro da forma como o atual presidente da Câmara gere a autarquia. Sozinho. Pensa que tudo é dele e tem de estar ao seu serviço! Aliás, a História reporta-nos para lideranças autoritárias e pouco democráticas, quando houve incapacidade de distinguir o que é publico e institucional, com o que é pessoal".
José Augusto Alves termina a conferência de imprensa exigindo "transparência, igualdade e respeito pelas instituições e pelos funcionários da autarquia. A Câmara Municipal de Castelo Branco é de todos, não é uma ferramenta de promoção pessoal de quem a lidera temporariamente".
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