A “Marcha do Castelo”, grupo cultural fundado há três anos por moradores do bairro do Castelo, está envolta em polémica devido à alegada falta de transparência nos apoios recebidos por parte da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Castelo Branco.
Apesar do visível crescimento da iniciativa e da regularidade com que se realiza, nunca foram tornados públicos os montantes atribuídos, nem esclarecidos os critérios de financiamento. A ausência de prestação de contas ou divulgação oficial levanta suspeitas sobre a utilização efetiva das verbas e o possível favorecimento político a um grupo com proximidade ao executivo camarário.
Segundo apurou o Diário Digital Castelo Branco, a “Marcha do Castelo” tem alegadamente beneficiado de financiamento integral para as suas atividades por parte das entidades públicas desde a sua criação. No entanto, enquanto a Marcha recebe apoio logístico e financeiro regular, outras entidades da cidade — como uma empresa privada que organizou, durante dois anos, um arraial popular associado à Marcha — viram todos os seus pedidos de apoio negados.
Fontes ligadas à organização do arraial revelaram que, em 2024, foi feito um acordo entre a empresa organizadora e a responsável pela “Marcha do Castelo”, que previa o pagamento de uma quantia simbólica para cobrir parte das despesas do evento. No entanto, esse pagamento nunca foi realizado. A situação acabou por gerar tensão entre as partes e colocou em risco a continuidade do evento.
Mesmo assim, a Marcha manteve o destaque mediático e político pela realização do arraial, o que agravou o sentimento de injustiça por parte de quem assumiu os custos reais da organização.
Em 2025, a “Marcha do Castelo” volta a ser integralmente financiada pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia. No entanto, não existe qualquer informação pública sobre o valor atribuído, nem sobre a sua aplicação concreta. A falta de transparência e de relatórios públicos levanta dúvidas legítimas sobre a equidade no apoio a iniciativas culturais no concelho.
Associações locais e cidadãos começam agora a questionar o modelo de atribuição de apoios culturais, exigindo maior rigor, transparência e igualdade de tratamento entre as diversas iniciativas comunitárias.
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