No seguimento da assinatura entre o Município do Fundão e a Família Rolão Preto, em 20 de Outubro de 2023, do Protocolo para a constituição “Fundo Rolão Preto” e da posterior ratificação por deliberação unânime da Câmara Municipal do Fundão, foi no início do ano de 2025 disponibilizado ao público o referido fundo arquivístico digital , através dos serviços do Arquivo Municipal do Fundão.
Integrando nesta primeira fase cerca de setecentos documentos, provenientes dos arquivos da Família e dos mais diversos acervos públicos, prevê-se que o fundo venha a ser progressivamente enriquecido, desde logo, com os textos dos artigos de jornais e revistas publicados especificamente na Beira-Baixa, ainda em processo de recolha.
Em nota de imprensa, Família Rolão Preto refere que “não pode deixar de saudar e de agradecer o empenho com que o Município do Fundão acolheu, pôs em marcha e implementou o projecto de criação deste Fundo Arquivístico Digital, que lhe foi apresentado no 130.º aniversário do nascimento de Francisco Rolão Preto”, conclui o texto enviado ao Diário Digital.
De referir que Francisco Rolão Preto, ainda estudante do liceu abandonou Portugal para se juntar a Paiva Couceiro, oficial monárquico que a partir da Galiza, nos anos de 1911 e 1912, tentou derrubar o regime republicano instaurado em Portugal.
Estabeleceu-se na Bélgica onde se tornou secretário da revista Alma Portuguesa, o primeiro órgão do Integralismo Lusitano.
Após ter terminado o curso liceal, no Liceu português de Lovaina, ingressou na Universidade Católica da mesma cidade, mas com o começo da Primeira Guerra Mundial foi para França, onde se licenciou em Direito, na Universidade de Toulouse.
Regressado a Portugal começa a escrever para o jornal integralista A Monarquia, tornando-se seu diretor quando Hipólito Raposo é preso. Também colabora no jornal Ação realista (1924-1926).
Rolão Preto realizou um discurso anti-Salazarista, em 16 de Junho de 1933, numa sessão no São Carlos. Criticou o Estado Novo nascente por ter estabelecido o partido único, e por acreditar que não fez o suficiente pelo sindicalismo. Devido a esse acontecimento o jornal nacional-sindicalista Revolução acabou por ser suspenso em 24 de Julho de 1933.
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