A Biblioteca Municipal de Castelo Branco vai receber o nome de António Salvado durante o Encontro Roiz, que decorre em Julho, em homenagem ao poeta albicastrense que morreu em Março passado, aos 87 anos.
“Esta não seria a forma que eu tinha previsto, para atribuir o nome de António Salvado à biblioteca. Estava já nas nossas intenções fazê-lo”, afirmou, à agência Lusa, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues.
O poeta e ensaísta albicastrense António Salvado, autor de mais de 80 títulos, morreu no dia 06 de março, aos 87 anos, no Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, onde se encontrava internado.
Autor de mais de 80 títulos, entre os quais “Poesia nos versos de António Salvado - Antologia”, o seu último livro, editado pelo Ensino Magazine, em fevereiro, por ocasião do seu 87.º aniversário e que apresenta um conjunto significativo de poemas selecionado pelo próprio.
“Tive já oportunidade de falar com a família [de António Salvado] e estamos a preparar as coisas para que, durante o Encontro Roiz, que terá lugar em Castelo Branco, em julho, possamos fazer, de uma forma simbólica, a passagem [da designação] Biblioteca Municipal para Biblioteca Municipal António Salvado”.
O autarca salientou que essa homenagem irá decorrer no Encontro Roiz – Lugares de Poesia, Prémio Internacional de Poesia António Salvado, Cidade de Castelo Branco -, “que irá juntar, em Castelo Branco, um conjunto de poetas que eram amigos e admiradores de António Salvado”.
“É algo que muito nos honra atribuir o nome de António Salvado à Biblioteca Municipal. António Salvado é uma referência da nossa cultura e da nossa poesia. É um embaixador de Castelo Branco pelo mundo”, concluiu Leopoldo Rodrigues.
António Forte Salvado nasceu em Castelo Branco no dia 20 de fevereiro de 1936, na zona histórica da cidade.
Poeta, ensaísta, crítico, antologiador, tradutor, diretor de publicações, tem colaboração poética em antologias, revistas e suplementos literários.
Obteve várias distinções, entre as quais se destaca a comenda da Ordem de Santiago da Espada, atribuída, em 2010, pelo conjunto da sua obra poética, ou a medalha Fray Luis de León de Poesía Iberoamericana, em 2021.
Está traduzido em castelhano, francês, italiano, inglês e japonês. Verteu para português, poetas como, por exemplo, Claúdio Rodriguez, Ricardo Paseyro, Alfredo Perez Alencart e António Colinas.
Foi, durante vários anos, o diretor do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, cidade onde também lecionou.
Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e foi doutor ‘honoris causa’ pela Universidade da Beira Interior, na Covilhã.
Subscreva à nossa Newsletter
Mantenha-se atualizado!
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet