A Universidade da Beira Interior (UBI) que neste domingo, dia 30 de Abril, celebra 37 anos, atingiu um número recorde de alunos, com 9.189 estudantes a frequentarem a instituição nos diferentes graus de ensino, disse à agência Lusa o reitor, Mário Raposo.
“A UBI nunca teve tantos alunos como tem agora. É o ano em que atinge o maior número de alunos, e isso significa uma grande responsabilidade, na medida em que a universidade tem de manter este nível no futuro e tem de ter a capacidade de responder às expectativas dos estudantes que nos procuram”, realçou Mário Raposo.
Segundo o reitor, o Plano Estratégico da instituição, ainda não apresentado publicamente, já foi aprovado em Conselho Geral e um dos objetivos é chegar aos 12 mil alunos até 2030.
“Nós temos a meta de atingir os 12.000 alunos nos próximos seis anos”, revelou Mário Raposo. “É possível, se conseguirmos manter a qualidade e excelência que temos tido no ensino, na investigação e nesta capacidade de atrair pessoas do nosso país e de outros”, acrescentou.
O responsável sublinhou a “grande capacidade de atração de alunos internacionais”, que representam 22% dos estudantes da UBI, a maioria em mestrado e doutoramento.
Mário Raposo salientou o “crescimento extraordinário de alunos na universidade”, conseguido, em parte, através da “capacidade de criar conhecimento divulgado nas publicações científicas”, o que tem permitido transmitir a “imagem positiva que a UBI tem a nível internacional”.
O reitor salientou ainda que, no último concurso nacional de acesso ao ensino superior, 90% dos alunos que escolheram a instituição localizada na Covilhã fizeram-no como primeira opção, um “facto extraordinário numa universidade do interior, numa zona com baixa densidade e com falta de população”.
Numa altura em que a UBI completa 37 anos, Mário Raposo reiterou “a injustiça” que representa o subfinanciamento da instituição nos últimos 13 anos e ser a universidade portuguesa com menor financiamento ‘per capita’ por aluno, o que se traduz num financiamento anual de 30,5 milhões de euros, menos nove do que o reitor considera ser devido, apoiando-se num relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Para o futuro, o desejo do reitor é que a UBI “seja tratada como as outras universidades, e que o orçamento seja corrigido”.
Mário Raposo frisou também a importância de crescer em “áreas estratégicas” e que está em fase de discussão o alargamento da Faculdade de Ciências da Saúde, onde se prevê criar um Complexo de Inovação Pedagógica e Desenvolvimento Cirúrgico e de Engenharia Biomédica, com uma sala de cirurgia robótica.
A expansão da Faculdade de Artes e Letras é outra ambição, para a criação de mais salas, gabinetes para professores e um ‘plateau’ para os alunos de Cinema.
“Somos a única universidade pública nacional com curso de Cinema e queremos ter um ‘plateau’ para os alunos praticarem. Neste momento temos uma sala escurecida para fazer isso, mas não é o ideal”, acentuou o reitor.
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