Atriz albicastrense é "Mulher da Cultura na Região Centro"

A igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, foi palco, no passado sábado, dia 18 de Março, da apresentação do livro “𝐀𝐬 𝐌𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐚 𝐂𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐧𝐚 𝐑𝐞𝐠𝐢ã𝐨 𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨”, editado pela DRCC (Direção Regional de Cultura do Centro). 

  • Cultura
  • Publicado: 2023-03-20 22:58
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

A publicação conta com uma coletânea de histórias de vida em celebração de um conjunto de mulheres extraordinárias que contribuíram para o desenvolvimento cultural da região centro em diversas áreas como artes visuais, artesanato, dança, educação, etnografia, literatura, museologia, teatro e música. 

Este projeto nasceu em 2021, nas redes sociais, mas que se torna agora “perene” em livro, e que permitiu homenagear, pela voz e iniciativa das comunidades, câmaras municipais e associações, 𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒕𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔 𝑴𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓𝒆𝒔 𝒅𝒆𝒓𝒂𝒎 𝒂̀𝑹𝒆𝒈𝒊𝒂̃𝒐 𝑪𝒆𝒏𝒕𝒓𝒐” e “𝒇𝒂𝒍𝒂𝒓 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒂 𝒊𝒏𝒗𝒊𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝑴𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓 𝒏𝒂 𝑪𝒖𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂”, promovendo igualmente a igualdade de género, como sublinhou Suzana Menezes, Diretora Regional de Cultura do Centro, na cerimónia de apresentação.

Na categoria de teatro, foi então contemplada a atriz, encenadora e diretora artística, Maria da Luz Lopes, do Váatão Teatro de Castelo Branco, o que muito nos orgulha. A Maria da Luz tem desenvolvido um profícuo trabalho cultural e artístico na área do teatro, mas não só. Natural e residente em Castelo Branco, formada pela Escola Superior de Educação de Castelo Branco com uma Licenciatura em Educação de Infância (especialização em Expressões) e pela Universidade de Évora com Mestrado em Dramaturgia e Encenação. 

Possui ainda um Curso Geral de Canto do Conservatório Regional de Castelo Branco, é Formadora Certificada, pelo Conselho Científico e Pedagógico de Formação Contínua de Braga, em Expressão Dramática e Educação Artística. Iniciou a sua vida profissional como Educadora de Infância, mas foi o gosto pelas artes, na música e no teatro que determinaram o seu percurso, criando e fazendo parte de inúmeros projetos culturais.

Ingressou pela primeira vez no mundo do teatro no Grupo de Teatro Académico da Escola do Magistério Primário de Castelo Branco, entre 1985 e 87. Mais tarde em 1999, no Váatão Teatro de Castelo Branco, como atriz principal na peça “Uma Sardinha para Três”, primeira grande produção da Companhia. A partir dessa data não mais deixou o teatro tendo integrado mais de uma centena de Produções como atriz e várias dezenas como autora, dramaturga, encenadora e diretora artística, na senda de um trabalho de matriz identitária da cultura da Beira Baixa e das especificidades do seu território. Nos últimos dezanos afirmou o seu trabalho nesta Companhia como autora de textos e encenadora de espetáculos para todos os públicos, tendo também privilegiado o teatro para a infância com espetáculos regulares, em rede com vários Agrupamentos de Escolas do distrito de Castelo Branco. Para além do trabalho de autoria, dramaturgia e encenação de espetáculos que visam dar a conhecer a vida e obra de figuras históricas da nossa região, como “Meu Querido Papá” (Vida e obra de Francisco Tavares Proença Júnior, Fundador do Museu de Castelo Branco), “O Lamento e Testamento de Maria Gomes” (a mais velha judia morta pela inquisição, natural de Castelo Branco), “O Postigo” (espetáculo de profunda contemplação do rito da vida e da morte das nossas gentes), o seu trabalho tem vindo a crescer e afirmar-se junto de diferentes concelhos da Beira Baixa para os quais cria e produz espetáculos de raiz, no âmbito da valorização e divulgação do património cultural imaterial das comunidades. A partir de um processo de pesquisa local e documental, que gera e suporta a Dramaturgia e Encenação de cada espetáculo, são levados à cena histórias dos Ratinhos da Beira, do Contrabando, do Garimpo do Ouro, da Safra, do Ciclo do Pão, das Fontes, dos Casamentos à Moda Antiga, da Desfolhada; das Invasões Francesas, entre muitos outros acontecimentos e marcas culturais do nosso território. A título de exemplo, as Rotas Guiadas e Encenadas e Espetáculos de Recriação Histórica e Etnográfica, ou a criação de projetos teatrais de intervenção, promoção das especificidades beirãs ou puro entretenimento. Como docente do Ministério da Educação integrou, mais recentemente, uma equipa das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva,onde criou um Projeto de Itinerância, “Malas com Rodas Cheias de Histórias” - sessões de histórias encenadas, para a divulgação da literatura e a promoção leitora. Este seu projeto integrou o “Ler, contar e Recontar as Metas”, premiado no concurso Ideias de Mérito 2018, pela Rede Nacional de Bibliotecas Escolares.

"Foi com imensa alegria que nos associámos a este acontecimento, na certeza de que a Maria da Luz continuará a desenvolver a sua atividade, na nossa Companhia e região, agora com uma motivação acrescida, e acreditamos que terá ainda muito mais para dar à nossa comunidade", declara em nota de imprensa, o do Presidente da Direção do Váatão Teatro de Castelo Branco, Fernando Paussão Lopes. 

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