A empresa Vital Green, criada no Fundão com capitais brasileiros, entregou ao município o projeto final para construção de um complexo de biotecnologia avaliado em 25 milhões de euros, adiantou hoje à Agência Lusa fonte da sociedade.
A empresa Vital Green, criada no Fundão com capitais brasileiros, entregou ao município o projeto final para construção de um complexo de biotecnologia avaliado em 25 milhões de euros, adiantou hoje à Agência Lusa fonte da sociedade.
O complexo incluirá laboratórios de biotecnologia e estufas na zona agroindustrial da Soalheira, onde várias espécies florestais e vegetais vão ser trabalhadas a partir de 2014 para servir mercados energéticos e farmacêuticos, entre outros.
A produção destina-se a Portugal, Espanha e Norte de África, onde estão localizados clientes para espécies produtoras de óleo para biocombustível.
Há ainda diversos outros países "clientes para espécies desenvolvidas para utilização farmacológica", sublinhou a mesma fonte.
A empresa espera criar 95 postos de trabalho diretos, "podendo chegar a 130" e sendo pelo menos 75 por cento quadros qualificados, acrescentou.
De forma indireta, o projeto espera "pode abrir centenas ou até milhares de novos postos na fileira produtiva" no espaço rural envolvente.
Essa é também a esperança do presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, que espera que a avaliação dos projetos de arquitetura e de especialidades decorra sem sobressaltos, de maneira a que as obras comecem no outono.
Para Paulo Fernandes, trata-se de um projeto "absolutamente vital, pelo que incorpora de inovação, de investimento brasileiro em Portugal e de implicações complementares".
Ou seja, "a atividade agrícola pode gerar outras mais valias e isso levar à implementação de novas culturas" no espaço rural.
Em termos práticos, a Vital Green vai cultivar e melhorar espécies, tornando-as mais aptas para determinadas indústrias.
O método designa-se como "propagação de genótipos de elite" nos tecidos dos vegetais, algo "diferente das técnicas transgénicas", destaca a empresa.
O método vai ser combinado "com clonagem (micro-propagação) por cultura dos tecidos vegetais".
O Fundão vai fornecer matéria-prima para produção de energia elétrica por biomassa, a partir de espécies como o Choupo, Eucalipto, Paulónia, Sorgo e Olmo da Sibéria.
Para produção de biocombustível vão ser trabalhadas, entre outras, o Cardo, Colza, e Camelina.
O complexo de biotecnologia vai ainda melhorar espécies botânicas para fins farmacêuticos e várias espécies de flores, árvores fruteiras e outras autóctones da região (como nogueiras, sobreiros e castanheiros).
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