O ex-presidente da Câmara de Castelo Branco pelo PS, Luís Correia, atual vereador da oposição pelo movimento independente SEMPRE, diz que vai “continuar a ter como missão de vida esclarecer tudo o que se passou”, anuncia o jornal Reconquista, esta 5ª-feira, dia 5 de Maio.
O autarca, que perdeu o mandato por decisão do Tribunal Administrativo, revela ter provas de que “elementos do PS estiveram por trás de páginas de internet” que, na sua opinião, serviram para o “caluniar, atacar e levantar falsos testemunhos”, escreve o jornalista, José Júlio Cruz.
Em declarações ao Reconquista, Luís Correia, centra a sua atenção sobre uma página específica (a CB NADA Acontece) de uma rede social a quem atribui uma parte dessas acusações.
A gota de água, segundo frisa, foi a exposição pública de um discurso seu efetuado num congresso distrital do PS, que se realizou à porta fechada, em setembro de 2020. “Fui avisado nessa altura por diversos congressistas de que uma militante me estava a filmar e esse filme ficou depois exposto nessa página”, reitera.
Formalizada a queixa-crime (dezembro de 2020), o Ministério Público deduziu acusação contra a militante socialista (novembro de 2021) constituindo-a arguida. O julgamento esteve marcado, mas Luís Correia acabou, no fi nal da primeira semana de abril deste ano, por desistir da queixa.
“Não deduzi pedido cível de indemnização, pois não era essa a minha intenção neste processo, mas apenas provar que eram pessoas do PS que estavam por trás dessa página e do que estava a suceder”, sublinha.
“Retirei a queixa porque a única arguida no processo mostrou que é uma pessoa com elevada estatura” e porque a mesma “reconheceu que fez o fi lme para uso pessoal”, mas “outras pessoas do grupo aproveitaram-se e não a respeitaram”. Quando refere grupo, o autarca explica que se trata de um grupo fechado numa outra rede social, a partir do qual outros militantes socialistas procederam a partilhas do mesmo vídeo e à sua publicação sem a autorização da militante que o gravou (a gravação foi parar a esse grupo porque uma outra militante do PS, amiga da arguida, lhe pediu o vídeo para ver e esta enviou-lho).
Foi este o episódio que motivou a queixa feita por Luís Correia e, posteriormente, a respetiva defesa por parte da arguida. Só fi cou por provar, no entender do queixoso, quem era(m) o administrador(es) da referida página de internet.
“Esta foi a página que mais me caluniou e atacou pessoalmente, a mim e à minha família e percebe-se agora quem a usava de forma cobarde com esse objetivo, percebe-se que foi um meio utilizado por pessoas do próprio PS”, afirma.
Esta atuação levou a que a militante que filmou o vídeo tivesse abandonado o referido grupo, por não se rever neste tipo de postura, como a própria terá justificado. Do mesmo modo, uma outra militante (também citada no processo judicial) defendeu que, “neste caso, tinham de dizer quem escreve aquela página”. Esta segunda militante assume ter enviado o vídeo a outro elemento do partido, sendo este apontado como o responsável pela publicação na internet, como consta do processo.
Apesar de ter retirado a queixa sobre a alegada autora da filmagem, pelas razões explicadas, Luís Correia pondera ainda se irá avançar com outros procedimentos judiciais sobre os restantes elementos do partido, agora que os mesmos estão identificados no processo.
ESTRATÉGIA Quanto a estes socialistas, Luís Correia garante que não se ficaram por aqui. “Estes são apenas os joguetes de uma estratégia maior que até manipulou a comunicação social, nomeadamente a nacional, através de notícias que não tinham mais que um único objetivo, que era o de denegrir a minha pessoa”. Sendo disso exemplo, “as notícias que saíram em vésperas das eleições para me desgastar e isso influenciou grandemente as eleições.
Este foi o caminho que o PS seguiu, o do ataque a mim e a todas as pessoas próximas, política e pesso-almente”. Posto isto, “percebe-se agora porque é que o PS me quis condenar, além dos tribunais”. A muitos outros socialistas que o acusaram de estar a concorrer contra o partido deixa um alerta: “Aqueles socialistas que ficaram zangados comigo por causa de ter feito uma candidatura independente que comecem agora a perceber aquilo que até aqui não perceberam ou não quiseram perceber. Foi o PS que preferiu este caminho, o do ataque pessoal, dos interesses pessoais e não do partido”.
Luís Correia sublinha ainda ao Reconquista que a situação se mantém: “O ataque às pessoas do Sempre saem permanentemente do debate político para o ataque pessoal. É o nível a que o PS de Castelo Branco chegou”.
Por outro lado, “só não compreendo aqueles socialistas e amigos que estavam por dentro de tudo e sabiam tudo o que se passava e também entraram pelo ataque à minha pessoa, quando a única coisa que eu exigia era respeito”, concluiu o artigo de José Júlio Cruz.
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