Castelo Branco: RABI promoveu palestra “Já Leram a Poesia de Júlio Dantas?”

Com a iniciativa da Real Associação da Beira Interior, teve lugar no passado dia 26 de Março e na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, a anunciada sessão “Já Leram a Poesia de Júlio Dantas?”, levada a efeito concretizada pelo poeta António Salvado.

  • Cultura
  • Publicado: 2022-03-27 22:16
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

A sessão iniciou-se com a leitura da parte final de “A Ceia dos Cardeais”, do escritor recordado, precisamente quando o cardeal português é interrogado pelo cardeal espanhol Rufo dizendo: “Em que pens, cardeal?”, seguindo-se um longo monólogo do cardeal português. As leituras das passagens foram realizadas por Francisco Rebelo (cardeal francês Montmorrency), por Manuel Costa Alves (cardeal espanhol Rufo) e pelo próprio António Salvado (cardeal português Gonzaga). Assinale-se a magnifica interpretação dos três “actores” improvisados que, na respectiva actuação, conseguiram revelar a atmosfera pícara francesa, a galanteria francesa e o sentimentalismo português. 

    Seguiu-se, depois, a palestra de António Salvado, tecendo, para começar, os principais aspectos da biografia de Júlio Dantas (com incidência nos altos cargos desempenhados pelo escritor) e no facto de o mesmo ter sido, em vida, objecto de constantes elogios, mas também de violências críticas, a principal das quais foi a interessante mas injustíssima diatribe intitulada de “Manifesto Anti – Dantas” o poeta – pintor José de Almada Negreiros.

    Salientou António Salvado a muito longa biografia de Júlio Dantas, repartida pela poesia (“Nada” e “Sonetos”); pelo teatro (dezenas e dezenas de peças, algumas em verso, e uma das quais a “Severa” – foi levada a cinema por Leitão de Barros, constituindo a primeira fita sonora portuguesa); pela prosa (“Pátria Portuguesa”, “O amor em Portugal no Século XVIII”, “Marcha Triunfal”). Das características essenciais de cada uma dessas “repartições” se encarregou António Salvado, ao evidenciar as tónicas mais originais e que tendo vencido a efemeridade do tempo, ainda hoje merecem a nossa atenção. 

    A sessão terminou-se com a leitura de algumas dezenas de poemas de Júlio Dantas, cada merecendo a análise de António Salvado. Fizeram a leitura das composições Maria de Lurdes Goveia Barata (Milola), Maria de Lurdes Gonçalves Riscado (Milú), Maria Adelaide Neto Salvado e Manuel Costa Alves.

    Mesmo no final da palestra Antónia Carvalho cantou dois poemas. 

Subscreva à nossa Newsletter

Mantenha-se atualizado!

PUB

PUB

PUB

PUB