Terceira Pessoa, estrutura de Castelo Branco que desenvolve projetos artísticos, lançou “Vitamina D”, um projeto que se desenvolve ao longo do ano com a realização de quatro laboratórios, em Castelo Branco, Belmonte e Gouveia.
O projeto “Vitamina D”, que integra a programação cultural da Terceira Pessoa para 2022, pretende ser um espaço para a criação e experimentação artística, nas áreas da performance, das artes visuais e dos cruzamentos disciplinares.
“O projeto desenvolve-se ao longo do ano de 2022, realizando-se quatro laboratórios, em Castelo Branco, Belmonte e Gouveia. A representatividade destes territórios proporciona uma oferta cultural e artística, sobretudo em locais onde as oportunidades são escassas, alargando e amplificando as ações do projeto”, explicaram os diretores artísticos da Terceira Pessoa, Nuno Leão e Ana Gil.
Os responsáveis da Terceira Pessoa realçaram que as parcerias duradouras e a relação estabelecida com os equipamentos culturais, os agentes culturais e comunitários dos locais a implementar o projeto Vitamina D “é condição indispensável para a valorização e mobilização das dinâmicas culturais locais, capazes de identificar, captar e incentivar a participação de populações menos familiarizadas com as artes e a cultura”.
Os laboratórios de criação e experimentação artística do projeto apresentam-se organizados num primeiro momento de aproximação aos conceitos, às técnicas e às dinâmicas de experimentação, e, num segundo momento, de prática coletiva para construção do objeto artístico.
O programa de atividades fundamenta-se nesta ideia de diversificação geográfica, que se verifica na expressão e relevância das parcerias estabelecidas.
De destacar a abrangência de circulação a nível local e regional.
“As atividades destinam-se a vários tipos de público: geral, escolar e de segmentos especializados. O desenvolvimento de públicos tem como objetivo uma abertura à comunidade e ao acompanhamento crítico e construtivo das várias atividades, um encontro de quem cria e de quem interpreta”, sustentaram.
O projeto prevê ainda a gratuitidade de acesso à oferta cultural por parte dos participantes, universalizando o acesso às práticas artísticas.
“A estratégia de atração de públicos é abrangente, com a inclusão de um plano de comunicação abrangente e a articulação e cooperação com os parceiros nos locais de apresentação. Estabelecer parcerias com entidades de programação e de acolhimento permitirá uma difusão alargada e sustentável”, sublinharam os diretores artísticos da Terceira Pessoa.
“Espíritos Livres” é outro projeto de intervenção artística que está a ser desenvolvido com os reclusos do Estabelecimento Prisional da Guarda, desde outubro de 2021.
“Através da interação de diferentes disciplinas artísticas, como o teatro, dança e performance, os reclusos desenvolvem competências de desenvolvimento social e pessoal, criatividade, comunicação, pensamento crítico e resiliência, visando a promoção individual e profissional, reforçando a oferta pedagógica e artística de forma sistematizada, diversificada e contínua”, explicaram Nuno Leão e Ana Gil.
Trata-se um projeto desenvolvido em parceria com o Estabelecimento Prisional da Guarda, ao longo do qual vão ser desenvolvidos exercícios de criação e expressão artística e performativa, articulados em dois grupos, divididos por género, em função da separação na própria instituição.
Através do seu desenvolvimento, os participantes tornam criadores e atores na elaboração de um espetáculo final a ser apresentado à comunidade prisional e geral, no sentido de proporcionar um contacto direto dos reclusos com a comunidade.
“O espetáculo será uma criação coletiva que resulta de um processo colaborativo em torno dos conceitos de liberdade pessoal e coletiva. O resultado final será assim reflexo dos pensamentos, experiências e manifestações dos vários elementos do grupo Espíritos Livres”, referiram.
Este projeto está em curso até setembro, sendo que, até julho, será desenvolvida a oficina de criação artística com os reclusos do Estabelecimento Prisional da Guarda.
Em julho, será feita a estreia do espetáculo final no Teatro Municipal da Guarda e, em setembro, será a estreia do filme-documentário sobre o processo e a conferência final do projeto.
Ao longo do ano, a Terceira Pessoa vai dar continuidade a outros projetos já em curso, como “Serviço Público”, um ciclo de conversas no espaço público em torno da arte e do pensamento contemporâneo.
O “Manifesta-te”, projeto de artes e educação dirigido a jovens dos 13 aos 16 anos, cujo objetivo é desenvolver competências de criatividade, comunicação e pensamento crítico, vai também ter continuidade ao longo de todo o ano.
O “Singular” e o “QR CODE 2.0” são dois outros projetos que terão continuidade ao longo de 2022.
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