Para assinalar o 17º aniversário do Museu do Canteiro, a direção deste espaço cultural convidou uma artista com quem conta quase desde o início da sua existência como projeto museológico, a premiada Maria Eugénia Gomes, ou Meg, como gosta de ser chamada.
Para quem já teve oportunidade de ver o seu trabalho ali exposto, facilmente reconhece que a obra de Meg vai muito para além da pasta de papel, material base a partir do qual inicia o seu processo criativo. A sua combinação com outros materiais tais como a pedra, o ferro, a madeira ou o vidro evidencia a ausência de fronteiras, o querer ir sempre mais além desta artista.
Desde 1980 tem este fascínio do papel e para que “nada se perca, tudo se transforme”, vai transformando os seus “ensaios” e os seus sonhos para uma dupla consciencialização, dos gastos muitas vezes fúteis e desperdícios inúteis.
Mas, para além desta evidente consciencialização para temáticas tão prementes, as peças expostas nesta exposição destacam-se, uma vez mais, pela estética e pela originalidade.
Apesar da passagem do tempo, Meg continua a surpreender com a sua arte ao afirmar “há coisas que nascem connosco, outras cultivam-se e vão crescendo com o tempo. Na natureza é assim e na arte também (o simples tornou-se grandioso, quando visível).
Da tristeza, à euforia, da melancolia do Outono à Primavera, passando pelo Inverno da alma, o meu “eu” é visivelmente a minha arte” - MEG
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