O economista Augusto Mateus defendeu hoje, em Proença-a-Nova, que é preciso apoiar os investimentos de pequena dimensão e que o país "tem de deixar de ser pomposo e de se rever sempre nas mesmas empresas e nos mesmos protagonistas".
O economista Augusto Mateus defendeu hoje, em Proença-a-Nova, que é preciso apoiar os investimentos de pequena dimensão e que o país "tem de deixar de ser pomposo e de se rever sempre nas mesmas empresas e nos mesmos protagonistas".
Augusto Mateus falava numa conferência sobre empreendedorismo municipal, em que se procuram soluções para os concelhos mais despovoados, como é o caso do município daquele distrito de Castelo Branco onde decorrem os trabalhos.
Para o ex-ministro da Economia, a estratégia das autarquias em disponibilizar terrenos gratuitos para a instalação de empresas não é atrativa se não for acompanhada de outras condições, como o acesso a tempo e horas a serviços, aos mercados de consumo e também ao crédito.
"Podemos dizer coisas muito bonitas sobre o que é o empreendedorismo, mas sem financiamento nada se pode fazer", disse.
Em relação ao interior do país, o economista disse ainda que "não é baixando o IRC que se faz atividade empresarial no interior".
Augusto Mateus considera que é possível crescer a partir de regiões desfavorecidas e dá como exemplo o caso do grupo têxtil espanhol Inditex, que gere marcas como a Zara.
O economista diz que o grupo, que nasceu na Galiza, obteve sucesso depois de correr riscos, apostando em gente capaz e na internacionalização, estando hoje implantado em todo o mundo.
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