Os trabalhadores da Aptiv de Castelo Branco estão hoje em greve pela melhoria das suas condições e queixam-se da falta de resposta por parte da administração da empresa.
" Nos últimos cinco anos o salário mínimo nacional (SMN) subiu 135 euros. Aqui [Aptiv Castelo Branco], o salário da maioria dos trabalhadores subiu 51 euros. Estamos a tentar melhorar as condições de vida dos trabalhadores", afirmou Gabriela Gonçalves, delegada do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas - SITE CSRA, afeto à CGTP-IN.
Esta responsável explicou ainda que, apesar de terem apresentado um caderno reivindicativo à empresa, esta limita-se a negociar com a Associação Nacional das Indústrias de Material Elétrico e Eletrónico.
"Ao longo dos anos, fomos perdendo vários direitos, como a compensação ao trabalho extraordinário. É o pagamento de horas extraordinárias foi reduzido", sustenta.
A sindicalista sublinha também a existência de "alguma precariedade" na empresa do setor automóvel e acusa a administração de apenas chamar o SITE CSRA "para assinar o que está em cima da mesa, já decidido".
"Não concordamos e, por isso, não assinamos" conclui.
A falta de resposta da administração às reivindicações dos trabalhadores da fábrica da Aptiv em Castelo Branco está na origem desta greve de 24 horas.
Gabriela Gonçalves refere que, no caso de não haver uma evolução face às reivindicações dos trabalhadores, estes vão ponderar e decidir o que fazer futuramente.
A agência Lusa tentou, por várias vezes, contactar telefonicamente a administração da Aptiv em Castelo Branco, mas não foi possível obter qualquer reação.
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