A Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco (SCMCB) depois de ter vacinado os utentes e os elementos da Mesa Administrativa do Provedor, José Augusto Alves, aproveitou e também vacinou os elementos da Assembleia Geral (AG), Concelho Fiscal (CF), o advogado consultor e ainda as educadoras de infância que estão em confinamento obrigatório decretado pelo Ministério da Educação.
Fonte segura afirmou ao Diário Digital Castelo Branco (DDCB) que a AG, CF, advogado e educadoras de infância não fazem parte do grupo de pessoas em risco e a vacinação das mesmas, contraria e viola a indicação do Plano de Vacinação Nacional em vigor. “Quer porque alguns são novos, quer porque, na generalidade, não entram nas instalações da SCMCB, este caso assemelha-se ao de Reguengos, e se calhar os serviços também vão argumentar que acabaram por vacinar também esta gente, porque, sobraram vacinas. Podiam, pelo menos, terem vacinado as pessoas voluntárias que vão ao lar de idosos todos os dias a cuidar de muitos utentes e que agora não vão, mas não, preferiram vacinar pessoas que nunca lá põem os pés” declara uma das pessoas denunciantes que o DDCB ouviu.
Apesar das pessoas vacinadas não se inserirem em nenhum dos grupos prioritários para a primeira fase da vacinação", o DDCB fez chegar a questão ao Provedor da SCMCB e atual Presidente da Câmara Municipal albicastrense, qual o motivo desta ilegalidade, e até ao fecho deste artigo, José Augusto Alves, não respondeu.
Não replicando porque é a SCMCB não respeitou o Plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal ao vacinar pessoas que não se inserem nos grupos prioritários para a primeira fase da vacinação, limitou-se o seu secretariado a enviar a seguinte informação:
“Na sequência do contacto relativo a questões sobre o processo de vacinação Covid-19 implementado na nossa Instituição, cumpre-nos informar que a Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, procedeu à 1.ª Fase de Vacinação nos dias 18,19,20, e 21 de Janeiro de 2021.
Não foram vacinadas as pessoas que assim o entenderam, por consentimentos não autorizados, grávidas/ amamentar, ou por terem testado positivo covid-19 à menos de 3 meses.
Não foram vacinados os Utentes de Centro de Dia e de Serviço de Apoio Domiciliário por indicação dos serviços de saúde.
As ampolas enviadas pela Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), foram armazenadas em frigorífico para serem administradas, conforme orientações da ULSCB Serviço Farmacêutico, com as devidas condições foram administradas na UCCI e ERPI da SCMCB.
Cumprimos as prioridades de vacinação, sendo vacinados os Utentes, de seguida equipa de saúde e posteriormente todos os que colaboram com Instituição, usando as listagens previamente confirmadas pelos organismos e entidades competentes.
O combate à pandemia tem obrigado a um esforço de todos os recursos humanos da Instituição, e ao logo destes terríveis meses temos conseguido minimizar os estragos que o Covid-19 tem provocado, a vacinação consideramos a chamada “luz ao fundo do túnel”, e encarámos todo o processo e procedimento de vacinação de forma séria, seguindo as orientações da ARS Centro, Segurança Social, Unidade Local de saúde e União Misericórdias Portuguesas.”
Como é do conhecimento público, a nível nacional, o Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz também tomou a vacina para a Covid-19 sem pertencer a qualquer grupo prioritário.
O autarca defende-se por ser presidente de um lar de idosos mas, Francisco Ramos, Coordenador do Plano de Vacinação diz que "não deveria ter sido vacinado".
José Calixto, presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, não pertence a nenhum dos grupos prioritários da primeira fase de vacinação, mas já recebeu a primeira dose da vacina da Pfizer. De acordo com o jornal Expresso, o autarca do PS conseguiu a vacina primeiro, por ser o presidente da fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, que gere o lar com o mesmo nome, que registou um surto de Covid-19, que registou um surto de Covid-19 no mês de Agosto, do qual resultaram 18 mortes.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, o coordenador da Unidade de Saúde Familiar do concelho e o presidente da Junta de Freguesia de Reguengos de Monsaraz também foram vacinados. No primeiro grupo de vacinação estão incluídas pessoas residentes em lares e funcionários — mas não há qualquer ressalva para as administrações das residências de idosos. Ao jornal online Observador, o coordenador do Plano Nacional de Vacinação, Francisco Ramos, afirmou que, como autarca, José Calixto “não deveria ter sido vacinado” e que “esteve mal” como membro de administração do lar.
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