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Hospital de Castelo Branco monitoriza à distância doentes com insuficiência cardíaca

serviço de Cardiologia do Hospital Amato Lusitano (HAL) está a trabalhar num projeto em que os doentes com insuficiência cardíaca partilham os seus dados sem terem de se deslocar a Castelo Branco

  • Região
  • Publicado: 2021-01-25 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco/Lusa

"Trata-se de uma teleconsulta, mas com dados objetivos, obtidos em tempo real a partir dos dispositivos implantados, alguns para tratamento da insuficiência cardíaca, mas também de ‘pacemakers' corrigindo bloqueios cardíacos", disse à agência Lusa o diretor do Serviço de Cardiologia do HAL, Francisco Paisana.

O Hospital de Castelo Branco começou a trabalhar com o Centro de Saúde da Sertã neste projeto há cerca de um ano, que permite que os doentes com insuficiência cardíaca consigam partilhar os seus dados sem terem de se deslocar à unidade de saúde albicastrense.

A Sertã, no distrito de Castelo Branco, é um dos concelhos com maior número de pessoas a implantar ‘pacemakers', um cenário que é justificado pelo envelhecimento da população.

Este município é ainda um dos que está mais distante do Centro de ‘Pacing' da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB).

Este projeto permite que os doentes da Sertã e dos concelhos limítrofes possam ser seguidos.

A tecnologia utilizada permite ainda efetuar a consulta de vigilância dos parâmetros de funcionamento, transmitindo a partir do Centro de Saúde para a Unidade de 'Pacing' de Castelo Branco que regista e orienta futuras consultas.

"Assim temos a vantagem da consulta de proximidade com os benefícios inerentes”. Não só na “implantação e vigilância remota dos ’pacemakers' alocados ao tratamento da insuficiência cardíaca (onde se inclui o pacing hisiano), mas também na vigilância em tempo real dos ‘pacemakers' comuns", sublinha o cardiologista.

A insuficiência cardíaca atinge mais de 400 mil portugueses, sendo fortemente incapacitante e causadora de uma grande deterioração da qualidade de vida.

Adicionalmente, esta patologia representa 3,4% dos custos anuais em saúde e é a primeira causa de internamentos acima dos 65 anos.

Face a estes números, o clínico de Castelo Branco, realça a importância em reconhecer que a insuficiência cardíaca implica um diagnóstico e tratamento rápido para controlo da condição.

Este projeto permite um controlo sobre o estado do doente, possibilitando a gestão de cenários de crise e facilita ainda uma redução de custos associados, especialmente para a população que teria de se deslocar de ambulância ou táxi até Castelo Branco.

Além disso, devido ao período de pandemia que se vive, é um projeto seguro para os doentes.

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