Covid-19/Proença-a-Nova: VI Encontro de Associações anuncia novas formas de relacionamento em tempos de pandemia

A crise de saúde pública provocada pela atual pandemia, desde março de 2020, tem obrigado a um reajustar de estratégias em todas as áreas de atividade, incluindo no sector associativo.

  • Cultura
  • Publicado: 2021-01-19 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Segundo informação a que o Diário Digital Castelo Branco teve, no concelho de Proença-a-Nova, a maior parte das associações engloba as comunidades locais, num trabalho de grande proximidade que João Lobo, presidente da Câmara Municipal, destaca em comunicado de imprensa, ao se referir ao VI Encontro de Associações que decorreu a 16 de janeiro exclusivamente online devido à renovação do Estado de Emergência e ao confinamento generalizado da população. “O envolvimento das associações nas comunidades traduz o que temos vindo a dizer ao longo destes anos todos: as associações são as pequenas células que fazem com que o corpo todo funcione. E, nessa circunstância, se 2020 foi um ano que nos trouxe uma forma diferente de nos contactarmos, apresentou-nos também novas oportunidades que nos permitem lidar com os fatores desafiantes neste ano de 2021”. 

O autarca relembrs as mais de 24 intervenções realizadas nas sedes das associações nos últimos anos que as prepararam para acolher as iniciativas desenvolvidas localmente e que são cada vez mais necessárias em contextos de pandemia e num cenário de diminuição da população que será espelhada nos censos deste ano. “Isso obriga-nos a todos, evidentemente que ao Município em primeira linha, a desenvolver a capacidade de fazer diferente. É necessário combater o risco de nos alhearmos desta realidade e trazer a capacidade interventiva individual para o coletivo”, declara. 

João Lobo deixa ainda o desafio de as associações aproveitarem estes encontros não só para a troca de experiências, mas também para colaborarem entre si em projetos diferenciadores; e recordou o regulamento municipal de conversão de áreas florestais em áreas agrícolas na faixa dos 100 metros junto aos aglomerados populacionais, num processo que as associações devem liderar e implementar nas suas aldeias. Com um conjunto de ações de sensibilização previstas para o fim de janeiro e início de fevereiro dedicadas à floresta – que tiveram de ser adiadas devido ao Estado de Emergência -, o presidente da autarquia apelou à necessidade de se reeducar os proprietários de terrenos no sentido de uma visão mais alargada da gestão florestal, até porque o fogo não conhece fronteiras. “As associações têm que ter um empenho muito mais forte neste tema”.

Numa outra área, João Lobo adianta que a Câmara está a desenvolver todos os esforços no sentido de garantir uma cobertura de rede móvel idêntica em todo o concelho: “essa é também uma luta que temos vindo a dirimir pois não somos todos iguais, de facto, relativamente à cobertura móvel e à capacidade de termos a todo o momento a oportunidade de nos ligarmos e essa é uma condição essencial nos dias de hoje por que devemos todos pugnar”. Por fim, o autarca voltou a apelar às associações que contribuam para a Rede de Solidariedade que está em marcha de apoio às pessoas mais vulneráveis e, sendo elas as mais próximas da população, que façam chegar o conhecimento que têm ao Gabinete de Ação Social do Município para que ninguém fique sem ajuda num momento sensível como o que se está a viver.

Na sua intervenção no VI Encontro de Associações, o vice-presidente João Manso recordou o regulamento municipal de atribuição de apoios e subsídios a que as associações podem recorrer, numa das três vertentes disponíveis: contrato-programa, protocolo ou apoio à atividade regular, bem como os prazos em vigor (terminam a 30 de março) e os documentos necessários. Em Ano Municipal dos Sabores Tradicionais, os eventos gastronómicos nos moldes habituais vão ser alterados, tendo em conta as restrições provocadas pela pandemia, num modelo que passará a envolver os restaurantes e, sempre que possível, parcerias com as entidades associativas. “Para as associações estamos a planear ter a Festa do Município e o Mercado dos Sabores de Natal, dependendo da forma como a pandemia evoluir”, declara João Manso, deixando um incentivo para serem desenvolvidas atividades locais com a população: “queremos incentivar-vos a realizar, a uma escala mais pequena, atividades culturais, musicais, editoriais - há associações que gostariam de publicar e algumas até já publicaram livros -, atividades ambientais, de cidadania e a realizarem alguns fóruns de discussão e de reflexão sobre a vossa localidade”. O autarca disponibiliza a ajuda dos técnicos da autarquia consoante a área em que decidirem apostar, atividades que já podem vir enunciadas na planificação deste ano. 

Apresentando uma realidade diferente, Carla Rothes, do executivo da Junta de Freguesia de Benfica, explica o trabalho desenvolvido desde o início da pandemia para tentar minimizar o impacto da mesma junto dos cerca de 40 mil habitantes desta freguesia de Lisboa. “A nossa grande força foram as associações”, refere, nomeadamente as associações de moradores, o banco de voluntariado e as que trabalham com idosos. 

As associações tiveram ainda oportunidade de partilhar as suas experiências em ano de pandemia e, como forma de assinalar o Ano Municipal dos Sabores Tradicionais, foi apresentado o projeto de Carta Gastronómica do Concelho de Proença-a-Nova, tendo intervindo três chefs, Manuel Pinheiro, João Branco e Rui Lopes numa mensagem previamente gravada, e será oferecida às associações presentes uma colher de pau, tamanho XXL, elaborada por um artesão do concelho e personalizada para marcar o VI Encontro de Associações.

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