Passos Coelho admite rescisões amigáveis na função pública

 O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje a possibilidade de o Governo avançar com rescisões amigáveis na função pública e desmentiu a notícia de que o executivo tencionava construir uma linha de TGV.

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  • Publicado: 2011-09-21 08:01
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje a possibilidade de o Governo avançar com rescisões amigáveis na função pública e desmentiu a notícia de que o executivo tencionava construir uma linha de TGV.

Numa entrevista de cerca de uma hora à RTP1, Passos Coelho qualificou de "muito boa" a saúde da coligação PSD/CDS-PP e de "impecáveis" as relações institucionais com o Presidente da República e, sobre as privatizações, afirmou que "o Governo nunca aceitará vender empresas a preço de saldo".

Questionado se o Governo vai avançar com rescisões amigáveis na função pública, o primeiro-ministro respondeu: "É uma possibilidade que nós não descartámos".

Quanto à alta velocidade ferroviária, Passos Coelho reiterou que esta "não vai avançar", que esse projeto "está suspenso" e que a notícia de que o executivo tencionava avançar com uma única linha de TGV "não tem fundamento".

Nesta entrevista, em que começou por ser abordada a situação da Madeira e que depois se centrou na política económica, o primeiro-ministro considerou fundamental que Portugal faça a parte que depende de si para "cumprir e até superar" o seu programa de ajuda externa, "isto é, surpreender", para se distinguir da Grécia.

Interrogado se considera possível que o país venha a precisar de um segundo programa de apoio, Passos Coelho respondeu referindo-se a um cenário pessimista de eventual incumprimento por parte da Grécia: "Se alguma coisa muito grave acontecer na Grécia não podemos excluir essas possibilidades".

Ainda sobre as ligações ferroviárias, o primeiro-ministro disse que o Governo pretende renegociar esse projeto com a União Europeia e com Espanha para fazer "uma linha de velocidade elevada, até 250 km/hora, por exemplo", mais barata do que o TGV, sobretudo para transporte de mercadorias do porto de Sines.

"Temos interesse numa velocidade boa, numa boa ligação, digamos, a Madrid, mas não no TGV" e "por mais dinheiro que nos ofereçam para fazer essa obra, essa obra será deficitária para os portugueses no futuro e nós não a vamos fazer", afirmou.

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