Colchas de Castelo Branco dos séculos 18 e 19 para ver no Museu Tavares Proença Júnior

Está patente no Museu Francisco Tavares Proença Júnior uma Exposição de Colchas de Castelo Branco do século 18 e 19. Uma mostra para ver até 5 de fevereiro.

 

  • Cultura
  • Publicado: 2017-01-07 14:22
  • Por: Cristina Valente

Está patente no Museu Francisco Tavares Proença Júnior uma Exposição de Colchas de Castelo Branco do século 18 e 19. Uma mostra para ver até 5 de fevereiro.

A exposição agora patente no Museu de Castelo Branco, esteve já em várias localidades, como Guimarães, Lisboa, e Óbidos.

Na inauguração da exposição teve lugar uma pequena palestra com Ana Pires, uma estudiosa do bordado de Castelo Branco.

 De grande valor histórico, com profundos significados simbólicos e um enorme impacto estético e artístico, as Colchas de Castelo Branco marcam o imaginário, a memória e até a paisagem urbana quotidiana dos albicastrenses.

O valor simbólico e de identificação coletiva com o Bordado de Castelo Branco é tão forte que utilizamos os motivos das colchas na calçada da cidade, nas paredes dos prédios, nos elementos decorativos de jardins e rotundas, em logótipos e divulgação de marcas comerciais, na decoração de objetos do quotidiano e, inclusive, em vestidos de noiva e de batizado.

Resultado de um longo caminho evolutivo, quer temporal, quer geográfico, o Bordado de Castelo Branco é identificável pela temática decorativa, pela técnica utilizada, pelas matérias primas e pela paleta cromática das sedas. Nascido provavelmente no século XVII, só no final do século XIX e transição para o XX passou a ser designado como Bordado de Castelo Branco.

A exposição apresentada pela Câmara Municipal de Castelo Branco  visa trazer a público exemplares de colchas originárias de Castelo Branco enquanto centro produtor. Trata-se de colchas antigas, presumivelmente dos finais do século XVIII, exemplificativas da melhor produção local do bordado a frouxo, cuja manufactura não oferece dúvidas quanto à sua origem na região polarizada por Castelo Branco. Apresentam-se ainda três exemplares, mais antigos, de desenho mais cuidado e erudito, que se considera terem sido os modelos (de Lisboa?) que poderão ter fortemente influenciado a produção das Colchas de Castelo Branco.

Ana Pires afirma que "Na verdade, ainda muito pouco se sabe, de um saber factualmente apoiado, sobre as relações entre o extraordinário centro produtor de Castelo Branco e os outros centros produtores existentes à época. Do que não resta qualquer dúvida é sobre o carácter excecional de um centro como Castelo Branco, produzindo abundante bordado a seda, uma situação única em todo o território nacional."

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