Segundo dia de trabalhos dedicado à apresentação e discussão das moções de Seguro e Assis

O XVIII Congresso do PS prossegue hoje em Braga, num dia totalmente dedicado à apresentação e discussão das moções de orientação nacional do secretário-geral António José Seguro e do candidato derrotado nas diretas Francisco Assis.

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  • Publicado: 2011-09-10 07:10
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O XVIII Congresso do PS prossegue hoje em Braga, num dia totalmente dedicado à apresentação e discussão das moções de orientação nacional do secretário-geral António José Seguro e do candidato derrotado nas diretas Francisco Assis.

A moção de Seguro intitula-se “O Novo Ciclo – Para Cumprir Portugal” e a de Assis "A Força das Ideias", sendo ambas votadas ao final do dia.

O segundo dia do Congresso, que deverá contar com intervenções das principais figuras socialistas, incluindo a do ex-candidato presidencial Manuel Alegre, ficará ainda marcado pela entrega de listas para os órgãos do partido, cuja eleição decorrerá domingo.

À Comissão Nacional, principal órgão do partido entre congressos, concorrem pelo menos duas listas: a da direção e a do candidato derrotado nas últimas diretas, Francisco Assis, que terá como número dois o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa.

O falhanço nas negociações para a apresentação de uma lista única – que foi negociada nas últimas semanas entre Seguro e Assis – marcou, aliás, as principais declarações à chegada do Congresso de Braga.

Seguro e Assis desvalorizaram a existência de duas listas – com o atual secretário-geral a insistir que a sua principal preocupação são as pessoas e não as listas – e o mesmo fizeram históricos socialistas como Mário Soares e Almeida Santos.

O primeiro dia do Congresso culminou com a intervenção de abertura de António José Seguro – a nova presidente Maria de Belém não discursou por atrasos nos tempos –, que exigiu à Madeira “um fortíssimo corte nas gorduras”, desafiando o executivo a dizer, antes das eleições regionais, quais as contrapartidas que exigirá ao Governo de Alberto João Jardim pela ajuda financeira que será prestada à região.

Num discurso de mais de uma hora, e com recurso ao teleponto, Seguro pediu calma aos socialistas, lembrando que as eleições legislativas serão apenas em 2015, classificando este desafio como “uma corrida de fundo”.

Sobre as autárquicas de 2013, Seguro disse querer que sejam disputadas já com uma nova lei eleitoral e esperar uma vitória, apesar de alertar para as dificuldades destas eleições.

Pouco aberto em relação a alterações na Constituição – “o PS revê-se no essencial do atual texto constitucional”, disse - , o secretário-geral do PS acusou o executivo PSD/CDS de já ter deixado as marcas da injustiça social, incumprimento eleitoral e insensibilidade social, advertindo que os socialistas não passarão “cheques em branco” nas medidas de austeridade que forem para além do memorando da 'troika'.

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