Autarcas sociais-democratas apelam a Congresso extraordinário

Um grupo de duas dezenas de autarcas do PSD apelaram este sábado à convocação “de imediato” de um Congresso extraordinário para discussão da situação interna do partido que, consideram, “não está a reagir como devia”.

 

  • Região
  • Publicado: 2010-01-09 15:45
  • Por: Diario Digital Castelo Branco
Um grupo de duas dezenas de autarcas do PSD apelaram este sábado à convocação “de imediato” de um Congresso extraordinário para discussão da situação interna do partido que, consideram, “não está a reagir como devia”.

No final de uma reunião que juntou na Ericeira autarcas sociais-democratas, o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, adiantou ainda que será pedida uma audiência à presidente do partido para sensibilizar Manuela Ferreira Leite para a necessidade da convocação de uma reunião magna do PSD antes das eleições directas.

“O partido está concentrado apenas na frente parlamentar e tudo o resto está parado, silencioso. Deve ser convocado de imediato o Congresso, antes das directas, e depois dar a voz aos representantes dos militantes para que se possam pronunciar sobre a crise nacional. A questão das directas, a questão estatutária, é uma questão secundária face às circunstâncias que estamos a viver”, disse.

Manifestando inconformismo face ao “caminho que o país está a tomar e a forma como o partido está a observar esta realidade”, os autarcas do PSD reunidos na Ericeira observaram que esta é uma iniciativa autónoma da que está a ser levada a cabo por Pedro Santana Lopes.

O ex-líder do partido tem sido um dos principais rostos em defesa de um conclave extraordinário, tendo lançado um processo para recolha das 2.500 assinaturas necessárias à convocação do Congresso.

“O congresso tem que ser convocado por militantes, independentemente de quem suscita a recolha das assinaturas. O que importa é a convocação do congresso com urgência”, acentuou Carlos Pinto.

De fora da reunião estiveram os nomes de eventuais sucessores de Manuela Ferreira Leite na liderança do partido.

“O tempo é de debate e de discussão, inclusive para que aqueles que desejam candidatar-se possam mostrar o que pensam, o que querem dizer ao partido e ao país. Só depois então falarmos de nomes que possam conduzir a comissão política nacional”, disse.

De resto, Carlos Pinto adiantou ainda que os autarcas planeiam apresentar uma moção “sobre política geral” no eventual Congresso, um documento que deverá reflectir as preocupações expressas no comunicado final da reunião .

“Não é impunemente que nos motivámos para chamarmos a atenção da necessidade e da urgência de o partido tomar medidas. Medidas em relação à situação política nacional, de preparação do futuro da intervenção do partido no quadro daquilo que vai ter lugar este ano e da preparação de uma alternativa. O partido tem que ter a ambição de mudar o quadro existente, que é um quadro de dificuldades e preocupação geral – já há muito tempo que não sentíamos uma crise nacional tão profunda em todos os sectores”, defendeu.

“O partido necessita com urgência de perspectivar a liderança de um bloco político, que não só prepare um programa para o país de reformas, mas que rompa com o quadro geral de bloqueamento pelo aparelho ideológico instituído, que conduziu à situação (…) que o Presidente da República definiu como ´explosivo´”.

PUB

PUB

PUB

PUB