Fundão: Agente da PSP atropelado fica de baixa dois meses e entrega participação em tribunal contra condutor – sindicato

O agente da PSP alegadamente vítima de atropelamento e fuga, este sábado, no Fundão, ficará impedido de trabalhar durante dois meses, devido aos ferimentos que sofreu, e vai participar do automobilista, disse fonte sindical.

  • Região
  • Publicado: 2011-08-14 21:12
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O agente da PSP alegadamente vítima de atropelamento e fuga, este sábado, no Fundão, ficará impedido de trabalhar durante dois meses, devido aos ferimentos que sofreu, e vai participar do automobilista, disse fonte sindical.

De acordo com fonte do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), o agente da PSP sofreu uma rotura de ligamentos no joelho esquerdo e vai entregar em tribunal uma participação contra o automobilista “por atropelamento, fuga e negação de auxílio”, disse.

“Três cidadãos são testemunhas, um deles ia no passeio, prestou auxÍlio e chamou o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica]”, revelou a mesma fonte à Lusa.

O caso, sobre o qual existem versões contraditórias, aconteceu no Fundão, cerca das 19:00 de sábado, numa área de jurisdição da GNR, tendo o agente da PSP envolvido, que presta serviço no comando de Castelo Branco e se encontrava à civil, testemunhado uma situação de condução perigosa por parte de um automobilista.

“Estava a pôr em causa a segurança das pessoas. O agente ia de carro, mandou-o encostar exibindo-lhe a carteira profissional, ele parou e veio cá fora [da viatura] tirar satisfações”, explicou a fonte sindical.

O agente da PSP “saiu do carro e voltou a identificar-se”, pedindo os documentos ao automobilista “para o identificar e autuar” mas este, segundo o relato da fonte do SINAPOL, recusou.

“Meteu-se na viatura, deu uma cacetada com o carro no polícia e fugiu”, adiantou.

O agente “foi socorrido por uma pessoa que ia a passar e que chamou o INEM e transportado ao hospital da Covilhã”, disse.

Contactada pela Lusa, a GNR do Fundão não confirma esta versão dos factos, nomeadamente o atropelamento e fuga, embora adiantando que o automobilista se deslocou ao posto relatando que tinha sido seguido por dois automobilistas “conhecidos” do agente da PSP.

“Foi ao posto mas nunca disse que tinha atropelado alguém”, afirmou.

De acordo com a GNR, o condutor “foi abordado por alguém que se dizia agente da PSP mas não acreditou". O homem terá relatado que "foi perseguido por duas viaturas e fugiu”, dirigindo-se às instalações da GNR.

Ainda de acordo com a GNR, o caso “está a ser investigado”, tendo o condutor sido identificado.

Quanto ao alegado atropelamento do agente da PSP, a GNR admite que os militares se deslocaram ao local da ocorrência, reportando que o agente da PSP “não tinha ferimentos graves”.

No sábado o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), condenou os “níveis preocupantes de violência” contra as forças de segurança, aludindo ao caso de alegado atropelamento e fuga no Fundão.

O agente estava “a trabalhar” e encontrava-se “devidamente identificado”, apesar de estar vestido “à civil”, afirmou à Lusa Armando Ferreira, acrescentando que o agente da PSP sofreu “um traumatismo” nas pernas.

PUB

PUB

PUB

PUB